Hebraísmo em Relação a
Simbologia (Símbolos) e Tipologia (Tipos)
Símbolos e Tipos
Olá, shallom, para todos diletos
internautas, que bom poder está de volta, para o nosso “Momentos de Introspecções”, que todos vocês já sabem, é o meu,
o seu é o nosso, “Cantinho de Meditação”,
sou seu conservo “Presbítero Marcos Santos”,
hoje iremos abordar a matéria hebraísmo no contexto dos símbolos e tipos, para
uma melhor compreensão, pois bem, vamos ao assunto:
Símbolos e tipos fazem parte do mesmo contexto dos hebraísmos. O Símbolo
é uma figura, objeto, número ou emblema, cuja imagem representa, de modo
sensível, uma verdade moral, ou religiosa. Através do símbolo, uma certa coisa,
objeto ou verdade é substituído por um sinal. No símbolo um conceito abstrato
recebe uma correspondência material e concreta pela relação existente entre o
conceito e o objeto ou símbolo por ele representado. Assim, o cajado do
pastor, um bastão encurvado, é símbolo de regência por exemplo; o cetro, de
senhorio, de poder, de domínio; o casamento, da união entre Deus e Israel, e
Cristo e a Igreja, é assim consequentemente representados.
Cordeiro do Sacrifício = Cristo em seu Sacrifício Vicário. |
Os
simbolismos usados pelos escritores sagrados eram recursos literários
contrários ao significado próprio ou verbal. As realidades sobrenaturais da
religião judaica eram expressas através de objetos concretos. Também se compraziam
em usar símbolos para designarem as ações e o caráter dos homens.
Relação entre
Símbolos e Tipos
Dentro deste conceito é que devemos
entender também os tipos. Enquanto o símbolo e os recursos poéticos são
práticas universais a todas as religiões e livros, quer sagrados ou não. O tipo
é um recurso puramente bíblico, pois é propositalmente intencionado por Deus
nas Escrituras. Os símbolos e os tipos respiram no mesmo campo de atuação, mas
nem todo símbolo é um tipo, [grifo meu] “daí acontece muitas confusões entre as pessoas que não buscam
minuciosamente analisar os símbolos e os tipos, pois torno a expressar-me, que nem
todo símbolo é um tipo, tenham muito cuidado ao analisarem ambos (símbolos e
tipos)”[grifo meu].
Isto porque, para que
um tipo seja mensurado, ou medido, é necessário que este possua certa validação
textual posterior, pois se trata de um ato, fato ou objeto que tenciona uma mensagem
profética, e até mesmo enigmático. Para maior compreensão devemos entender o
que é antítipo:
Significados de Antítipo :
É a figura representada pelo
seu tipo.
Por exemplo Cristo é o antítipo de
Moisés. Este libertou o povo de Israel do Egito; aquele (Cristo Jesus) garante
libertação do pecado aos que creem em seu nome.
Nota Importante: “...Adão, o qual é figura (tipo) daquele que havia de vir. (Rm 5:14b).
“Que também, como uma verdadeira
figura (antítipo), agora vos salva, o batismo...” (1Pe 3:21).
Como é que os tradutores
conseguiram traduzir duas palavras diferentes no grego, para uma só palavra em
português? As palavras em grego são tipo e antítipo, e ambas foram traduzidas
por figura, em português.
Em Romanos
5:14, Paulo diz que Adão é tipo de Cristo, e, que, portanto, Cristo é o
antítipo de Adão. Neste caso a tradução está correta, porque tipo é mesmo a
figura, da qual o antítipo é a realidade. Numa tipografia existem tipos, que
são as matrizes das letras que saem nos jornais. Uma é a figura e a outra é a
realidade. Uma fotografia de uma pessoa é uma figura ou tipo dela, enquanto que
a pessoa é o antítipo, ou a realidade. Como Deus é todo-poderoso e pode fazer
tudo o que quiser, ele fez uma figura ou tipo de seu filho, um ser humano
vivente.
Porém, no
caso de 1Pe 3:21, a palavra “figura” que
aparece em português, não é a tradução da palavra grega “tipo”, mas da palavra
“antítipo”. É claro que a palavra antítipo não é igual à palavra tipo, mas,
antes, o seu oposto. Tipo é a figura, e antítipo á realidade representada pela
figura. Assim, Adão é o tipo e Cristo é o antítipo. O prefixo grego “antí
” tem, pelo menos dois significados. Na expressão “antiamericanismo” (que é
uma ideologia ou doutrina veiculada nos meios de comunicação de massa), tem o sentido
de ser contra a cultura americana. É um dos sentidos da palavra anticristo (1Jo
2:18), que significa contra cristo. Mas o outro sentido da palavra “anti” é “estar no
lugar de”, o que significa que o anticristo se apresentará para
tomar o lugar de Cristo. No caso de Rm 5:14, Jesus veio para tomar o lugar que
inicialmente parecia ser de Adão, como cabeça da raça humana. Todo ser humano
tem de fazer uma escolha, de estar em Cristo, a realidade, ou em Adão, a
figura.
Ainda, em
1Pe 3:21, o apóstolo está dizendo que o dilúvio de Noé é um tipo, uma figura,
da qual o batismo cristão é o antítipo, a realidade. Assim como Deus salvou a
família de Noé por meio do dilúvio, hoje nos salva por meio do batismo,
mediante a fé em Cristo Jesus. Entre o “mundo do
ímpios” e o mundo novo de Noé, estavam as águas do dilúvio. O dilúvio
era o tipo, a figura, enquanto que o batismo é o antítipo, a realidade.
Tratando-se
de símbolo, porém, não reclama a mesma validação, seja ela profética ou neotestamentária.
Acrescente-se a esta proposição o fato de que o tipo não é variável em sua
forma ou estrutura posterior, enquanto os símbolos podem receber diversos
significados.
É
importante fazer distinção entre tipos, símbolos e alegorias. O símbolo tem seu
significado à parte do seu campo semântico normal, e vai além dele para
representar um conceito abstrato, exemplo: “Cruz = Vida; Fogo = Julgamento”,
etc... A alegoria é uma série de metáforas em que cada uma destas acrescenta um
elemento para formar um quadro composto da mensagem, na alegoria do Bom Pastor (João
cap. 10) cada parte transmite algum significado. Já a tipologia, no entanto,
lida com o princípio do cumprimento análogo, ou seja comparação. Uma alegoria
compara dois elementos distintos e envolve uma historia ou um desenvolvimento
prolongado de expressões figuradas, ao passo que um tipo é um paralelo entre duas
entidades históricas; a alegoria é indireta e implícita, o tipo é direto e
explícito.
Tipos
O
termo grego “typos”
, da qual se deriva a palavra “Tipo”,
aparece com diversos significados nos vários textos do Novo Testamento: Sinal
(Jo 20:25), modelo ( Hb 8:5; At 7:44; Rm 5:14; 1Pe 5:3), modelo (At 7:44),
nestes termos [deste tipo] (At 23:25), forma [tipo] (Rm 6:17), exemplo [modelo]
( 1Co 10:6; 1Ts 1:7; 1Pe 5:3), padrão (1Tm 4:12; Tt 2:7). Literalmente o termo
significa uma marca visível deixada por algum objeto. Daí a marca deixada na
história ou natureza pelo antítipo.
Tabernáculo |
A
ideia comum em todos os casos é a de alguma coisa que se assemelha ou corresponde
a outra. O termo por si, não indica que haja uma relação formal entre ciosas,
seres, pessoas ou objetos, mas ocorre sem qualquer matriz teológico. O escritor
aos Hebreus 8:5 usa o termo “hypódeigma” para referir-se aos sacerdotes
aarônicos, no sentido de que eles ministravam segundo a cópia ou imitação das
coisas celestiais: “ Os quais servem de exemplar (hypódeigma)
e sombra (skia) das coisas celestiais, como
Moisés devidamente foi avisado por Deus, estando já para acabar o tabernáculo;
porque foi dito: “Olha, faze tudo conforme o modelo (Typon)
que, no monte, se te mostrou”, Êx 26:30. O tabernáculo era apenas uma
representação ou figura ou tipo, que não incluía a natureza real do santuário
celestial, é o que se depreende, ou compreende, quando o autor usa o vocábulo “skia”,
ou seja, uma sombra projetada por qualquer objeto. Esta cópia representava com exatidão
o arquétipo original, mas não deixava de ser uma cópia. Os rabinos costumavam
explorar estes fatos levando a questão dos tipos e símbolos bíblicos ao
absurdo. Procuravam em cada utensílio, detalhe ou faceta do tabernáculo terrenal,
alguma característica espiritual do celestial.
Este texto deixa claro que o tabernáculo e as cerimônias nele
ministradas são um tipo ou modelo profético do que Cristo, verdadeiro sacerdote,
faria nas regiões celestiais, onde constava o verdadeiro santuário (Hb 8:1,2
cf. At 7:44).
Bem amados
internautas, o meu, o seu e o nosso, “Momentos de Introspecções”, fica por
aqui, na esperança de encontrar-vos nos próximos momentos, pois vocês já sabem,
este é o nosso “cantinho de meditação”, shallom e namaste. [Assunto estudado pelo Livro Hermenêutica Fácil e
Descomplicada. Autor: Esdras Costa Bento. 1ª Edição de 2003, todos os direitos
reservados a CPAD. Aprovado pela MEPAC].
Atenciosamente
Pb. Marcos Santos
Os
significados das palavras “alma” e “espírito” na Bíblia
Algumas
informações etimológicas
As palavras “alma” e “espírito” nas Escrituras provêm de palavras hebraicas e
gregas, línguas em que a Bíblia foi escrita. Vejamos: Alma – No Antigo Testamento, vem do hebraico vpn (nephesh). Ocorre aproximadamente 755 vezes, sendo
traduzida de diferentes formas, dependendo do contexto. No Novo Testamento, a
palavra grega é quch (psychê) e ocorre aproximadamente
105 vezes. Espírito – No Velho Testamento
são usadas as palavras Mwr (ruach) e hmvn (neshamah). Aparece 377 vezes. No Novo Testamento, a
palavra grega para espírito é pneuma (pneuma) e aparece
220 vezes. Como essas palavras são traduzidas. São
explanadas de diversas formas nas Escrituras. Eis alguns exemplos: “Alma é traduzida como: vida (Gênesis 9:4,5; 35:18; Salmo 31:13), pessoa (Gênesis 14:21; Deuteronômio 10:22;
Atos 27:37), cadáver (Números 9:6); apetite (Ec 6:7) coração (Êxodo
23:9) ser vivente (Apocalipse 16:3) pronomes pessoais (Salmo 3:2; Mateus 26:38). A palavra
“alma” aparece na Bíblia aproximadamente 1600 vezes e em nenhum caso refere-se
a uma entidade imaterial com imortalidade e que sobreviva fora do corpo.
·
Espírito pode ser traduzido como: vento (respiração – Gênesis
8:1), espírito (no sentido de
alento, ânimo – Juízes 15:19), atitude ou estado de espírito (Romanos
8:15; 1 Coríntios 4:21), sopro ou hálito de Deus (2 Tessalonicenses 2:8) consciência
individual (1 Coríntios 2:11, primeira parte).
O termo
também é usado para se referir a seres pessoais: anjos e demônios (Hebreus 1:14; 1 Timóteo
4:1; a Cristo (1 Coríntios 3:17) a Divina natureza de Cristo (Romanos 1:4), à Terceira Pessoa da Trindade (Romanos
8:9-11; 1 Coríntios 2:8-12); a Deus
Pai (João 4:24) e a pessoas vivas (Hebreus
12:22, 23).
Por que
existem tantos sentidos para as palavras “alma e espírito”? As línguas bíblicas
não possuem um considerável número de verbetes. O hebraico, por exemplo, não possui vogais, preposições, ou conjunções. Esta escassez de palavras faz com que um termo seja
traduzido de diferentes formas.
Como comparação, vejamos a língua portuguesa. Mesmo sendo rica em letras e
verbetes, enfrenta certas dificuldades. A palavra “manga” tem mais de 1
sentido: refere-se à manga de um casaco e a uma fruta. Se a nossa língua, com
seus muitos verbetes, tem palavras com vários sentidos, imagine o alfabeto
hebraico!
Apesar das diversas traduções, é importantíssimo sabermos que o conceito básico de “espírito” e “alma” encontrados no texto de
Gênesis 2:7, onde é mencionado o processo utilizado por Deus na
criação do homem:
“Então, formou o SENHOR Deus ao homem do pó da
terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida (neshamah), e o homem passou a
ser alma (nephesh) vivente”.
Deus
formou ao homem de dois elementos: pó da terra e fôlego de vida. De acordo com o original, este texto
seria da seguinte forma: “Então, formou o Senhor Deus ao homem do pó da terra e
lhe soprou nas narinas o espírito de vida (fôlego
de vida), e o homem passou a ser uma pessoa vivente”.
Isso significa que no conceito Bíblico:
·
O principal significado de “espírito”
(mesmo podendo ser traduzido de várias maneiras) é fôlego de vida;
·
“Alma” é a união do corpo com o fôlego
de vida, ou seja, a pessoa como um todo. Uma pessoa viva. Veja Deuteronômio 10:22: “Com
setenta almas [pessoas], teus pais desceram ao Egito; e, agora, o SENHOR, teu
Deus, te pôs como as estrelas dos céus em multidão.”
Uma
breve ilustração
Digamos que você tenha uma
lâmpada e não tenha a eletricidade. Teria a luz? Certamente não. Agora,
suponhamos que você tenha a eletricidade, mas não tenha a lâmpada. Haveria luz?
Também não.
Para haver
a luz, é necessário haver a lâmpada e a
eletricidade. Apenas um desses itens não basta.
O mesmo se
dá em relação à vida! Para existirmos temos de ter o corpo e o espírito (fôlego de Deus). Do contrário não
temos vida; deixamos de existir e dormimos o sono da morte. O próprio Cristo, o
“Autor da Vida” (Atos 3:15) comparou a morte a um sono:
“Isto dizia e depois lhes acrescentou: Nosso
amigo Lázaro adormeceu, mas vou para despertá-lo. Disseram-lhe,
pois, os discípulos: Senhor, se dorme, estará salvo. Jesus,
porém, falara com respeito à morte de Lázaro; mas eles supunham que tivesse
falado do repouso do sono. Então, Jesus lhes disse claramente: Lázaro
morreu”. João 11:11-14.
Com essa comparação, Cristo
confirmou o que disse Salomão a respeito do estado do ser humano na
morte:
“Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas
os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco terão eles recompensa,
porque a sua memória jaz no esquecimento. Amor, ódio e inveja para eles
já pereceram; para sempre não têm eles parte em coisa alguma do que se faz
debaixo do sol”. Eclesiastes 9:5-6.
O
estado do ser humano na morte
Na Bíblia,
a morte é comparada a um sono (sem
sonhos) aproximadamente 53 vezes, indicando
assim o estado de inconsciência dos mortos até a volta de Jesus (ler Salmo 6:5; 13:3;
88:10-12; 115:17; Isaías 38:18-19; Eclesiastes 9:5-6 e 10; 1 Tessalonicenses
4:13-16).
“A Bíblia não apoia em absoluto a doutrina popular
de que os mortos permanecem conscientes até a ressurreição. Pelo contrário,
enfaticamente refuta tal ensinamento (Sl 115:17; Ec 9:5). Emprega-se comumente
o verbo dormir como símbolo da morte (Dt 31:16; 2 Sm 7:12; I Rs 11:43; Jó 14:12
; Dn 12:2; Jo 11:11,12; 1 Co
15:51; 1 Ts 4:13-17; etc). A declaração de Jesus, que consolava a seus
discípulos com a idéia de que eles voltariam a estar com ele na ocasião de sua
segunda vinda e não na morte, ensina claramente que o “sono” não é uma
comunicação consciente dos justos com o Senhor (João 14:1-3). Do mesmo modo,
Paulo explicou que ao produzir-se o segundo advento, todos os justos que então
estão vivos e os mortos que ressuscitarão neste momento se unirão
simultaneamente com Cristo, sem que os vivos precedam os mortos (1 Ts 4:16,17)” .
Se a morte
fosse um começo de uma nova existência, não poderia ser chamada pelas
Escrituras de nossa “inimiga” (1 Coríntios 15:26); teria de ser chamada de amiga, pois estaria nos ajudando a ir para o
paraíso…
Só
Deus é imortal em Sua essência
De acordo
com as Escrituras, o único que possui a imortalidade é Deus: “a qual, em suas épocas determinadas,
há de ser revelada pelo bendito e único Soberano, o Rei dos reis e Senhor dos
senhores; o único que possui imortalidade, que habita em luz
inacessível, a quem homem algum jamais viu, nem é capaz de ver. A ele honra e
poder eterno. Amém!” 1 Timóteo 6:15-16.
Para que o homem fosse eterno,
teria de obedecer a Deus e assim teria livre acesso à árvore da vida, que
perpetua a existência. Como o ser humano pecou e Deus o expulsou do Éden para
que não fosse um pecador imortal, Adão e Eva não comeram mais da árvore da vida,
tornando-se assim mortais. (Leia Gênesis 3:22-24; Isaías 51:12). E essa
mortalidade herdamos deles (Romanos 5:12 e 6:23).
Se já fôssemos imortais não
haveria necessidade de Adão ter comido da árvore da vida, e, nós, de a comermos
no Céu. (ler Gênesis 2:16, 17; 3:23, 24 e Apocalipse 22:2). Como seríamos
imortais sendo que Deus privou o homem de comer da árvore da vida? (Gênesis
3:22 e 24). O ser humano foi criado com a imortalidade, mas ela era
“condicional” à obediência a Deus.
Quando Jesus voltar e nos levar
com Ele comeremos da árvore da vida para sermos imortais: “No meio da sua praça, de uma e outra
margem do rio, está a árvore da vida, que produz doze frutos, dando o seu fruto
de mês em mês, e as folhas da árvore são para a cura dos povos”. Apocalipse
22:2.
“Bem-aventurados aqueles que lavam as suas
vestiduras no sangue do Cordeiro, para que lhes assista o direito à árvore da
vida, e entrem na cidade pelas portas”. Ap. 22:14.
“e, se alguém tirar qualquer coisa das palavras do
livro desta profecia, Deus tirará a sua parte da árvore da vida, da cidade
santa e das coisas que se acham escritas neste livro”. Ap. 22:19.
Para
pensar
·
Se já tivéssemos uma alma ou espírito
imortal, não haveria necessidade de comermos da árvore da vida;
·
Se o espírito ou alma já estivessem no
Céu ou em algum lugar intermediário (vivendo de um modo imaterial), por que
Jesus iria vir nos buscar? Não haveria necessidade se já estivéssemos lá em
cima.
A
doutrina da ressurreição é
uma prova de que a pessoa ainda não recebeu a recompensa eterna, pois, se Jesus
vem nos ressuscitar a pessoa para levar ao Céu, é
sinal de que ela ainda não está lá. Foi por isso que Paulo sempre acreditou que
a recompensa dela era no futuro, na volta de
Jesus: “Já agora a coroa da justiça me está
guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim,
mas também a todos quantos amam a sua vinda.” 2 Timóteo
4:8.
E não
devemos esquecer que as pessoas que já foram arrebatadas ao Paraíso (Enoque,
Moisés e Elias) foram com o corpo, em vida e não por
ocasião da morte (Moisés foi ressuscitado antes de ir ao céu –
ver Judas 1:9). Isto é uma prova indiscutível de
que o ser humano, ao ir para o Céu, irá também com o corpo e
não “em espírito”, como ensina a doutrina espírita.
A origem da doutrina da imortalidade da alma – breve resumo
Em Gênesis
3:4 encontramos o primeiro “médium” que existiu no mundo: uma serpente que
serviu de “canal” para que o diabo falasse por meio dela e enganasse Eva. Foi
satanás quem disse que, mesmo sendo uma pecadora, Eva não morreria: “Então, a serpente disse à mulher: É
certo que não morrereis.” Algo totalmente oposto ao que Deus havia
dito em Gênesis 2:16, 17.
Portanto, o criador da doutrina
da imortalidade natural da alma foi o diabo. Depois, ele usou recursos humanos
para difundir essa teoria até os nossos dias, como disse um influente pastor
Presbiteriano:
“A doutrina da imortalidade da alma não é bíblica,
mas pagã. Nasceu na Grécia e propagou-se na Igreja, através de Platão, do
século V em diante, graças à influência de Agostinho…”
Na sequência histórica surgiu Allan Kardec que, por meio de sua “mediunidade” e
escritos incentivou muitos a estudarem o espiritismo, que se tornou bem aceito.
Hoje, conta com milhares de adeptos ao redor do mundo, especialmente no
Brasil.
Questões
Bíblicas para análise:
1) Se a pessoa ao morrer fosse
para o céu, o inferno ou um lugar intermediário entre os dois, que necessidade
haveria de Jesus voltar e ressuscitar, se nosso ente querido já estivesse num
desses lugares? (lembre-se: os filhos de Cristo, ressuscitarão na volta dEle!
Ler 1 Coríntios 15:23). É ilógico Jesus enviar-nos do céu “em espírito” à
sepultura para depois ter de nos ressuscitar. Como harmonizar a doutrina da
ressurreição com a doutrina imortalista?
2) Como
crer que ao morrermos vamos para o Céu se em Hebreus 11:39 e 40 os heróis da fé ainda não obtiveram a concretização da promessa, pois
Deus não quer que sem nós eles sejam aperfeiçoados? (Lembremos
de 1 Coríntios 15:20);
3) Como
crer na doutrina da imortalidade da alma sendo que a eternidade do homem era
condicional à obediência a Deus, e, por desobedecerem, Adão e Eva foram
privados da árvore da vida para que não se tornassem imortais como Deus? Nós
não comemos da árvore da vida… (Gênesis 3:22-23). Outra questão: Por que iremos comer da árvore da
vida no céu se nosso “espírito” já é imortal? (Apocalipse 22:2);
4) Se somos imortais, por que
devemos ainda “buscar a imortalidade e a incorruptibilidade”? (Romanos 2:7). Se
devemos buscar, é porque não a temos;
5) Por que Jesus diz ser a
morte um sono? (João 11:11-14). Se temos uma “alma” ou “espírito” imortal, por
que Jesus disse, após Sua ressurreição, que durante a morte “ainda não tinha
subido para o Pai?” (João 20:17).
6) Como
harmonizar a doutrina da imortalidade da alma com o texto de Mateus 16:27, no
qual diz que “a recompensa será dada quando Jesus voltar”? Se estivessem os
mortos no Céu, no inferno ou num lugar intermediário, já teriam recebido a recompensa antes mesmo do juízo final! Tal
doutrina (vida após a morte) não se harmoniza com a doutrina do Juízo, que está no futuro (Atos 17:31).
7) Jesus
disse em João 11:25: “… Eu sou a ressurreição e a vida;
quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá”;
(João 11:25 grifo meu); Ele não disse: “… ainda que morra, vive…”. “Ao
contrário, Ele declarou, que no futuro trará da
sepultura aqueles que morreram nEle. Veja João 5:28 e 29”.
Quando
receberemos a imortalidade.
Em João
5:24 o Senhor diz que ao cremos nEle, temos a imortalidade garantida. Mas isto
não significa que hoje tenhamos recebido a imortalidade . Isto fica claro nos
seguintes textos, onde se afirma que a receberemos quando Jesus voltar e ressuscitar os justos :“Disse-lhe Jesus: Eu
sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá” João
11:25. “E serás bem-aventurado, pelo fato de
não terem eles com que recompensar-te; a tua recompensa, porém, tu a
receberás na ressurreição dos justos”. Lucas 14:14. “De fato, a vontade de meu Pai é que
todo homem que vir o Filho e nele crer tenha a vida eterna; e eu o
ressuscitarei no último dia”. João 6:40.
Outros versos:
“Ora, todos estes que obtiveram bom testemunho por
sua fé não obtiveram, contudo, a concretização da promessa, por haver Deus
provido coisa superior a nosso respeito, para que eles, sem nós, não fossem
aperfeiçoados”. Hebreus 11:39-40. “Cada um,
porém, por sua própria ordem: Cristo, as primícias; depois, os que são de Cristo, na sua vinda”. 1 Coríntios 15:23. “Não queremos, porém, irmãos, que
sejais ignorantes com respeito aos que dormem, para não vos
entristecerdes como os demais, que não têm esperança. Pois, se cremos que
Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus, mediante Jesus, trará, em sua
companhia, os que dormem. Ora, ainda vos declaramos, por palavra do
Senhor, isto: nós, os vivos, os que ficarmos até à vinda do Senhor, de modo
algum precederemos os que dormem. Porquanto o Senhor mesmo, dada
a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus,
descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro;
depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com
eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para
sempre com o Senhor”. 1 Tessalonicenses 4:13-17.
Neste
texto da carta de Paulo aos Tessalonicenses podemos ver a sequência correta dos eventos antes de recebermos a imortalidade que já nos está assegurada em
Cristo:
1o: Vinda de Jesus;
2o: Ressurreição dos mortos;
3o: Transformação dos vivos;
4o: Arrebatamento dos vivos juntamente com os mortos ressuscitados, indicando assim
que iremos para o Céu todos juntos; os
mortos não vão primeiro após a morte;
5o: Encontro com o Senhor nos ares;
6o: Vida eterna ao lado de Cristo.
Em 1 Coríntios 15:51,52, também
podemos observar esta sequência em detalhes:
“Eis que eu lhes digo um mistério: nem todos
dormiremos, mas todos seremos transformados, num momento, num abrir e fechar
de olhos, ao som da última trombeta. Pois a trombeta soará, os mortos
ressuscitarão incorruptíveis e nós seremos transformados. 1 Coríntios 15:51-52”...
Alma,
Espírito & Corpo
O
homem em sua essência possui uma estrutura triúna ou tricotômico, todos somos:
espírito, alma e corpo. Em 1Ts 5.23 esta verdade é expressa de forma clara e
inquestionável: “O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso
espírito, alma e corpo sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de
nosso Senhor Jesus Cristo”.
Há
uma grande confusão a respeito de Espírito e Alma, muitos afirmam que se trata
da mesma coisa; mas, ao lermos Hb 4.12 concluímos que são distintas entre si.
Leia o texto: “Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do
que qualquer espada de dois gumes, e penetra até a ponto de dividir alma e
espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos
do coração”.
Como
servos de Deus precisamos conhecer alguns pontos fundamentais da fé, o objetivo
deste estudo e mostrar de forma clara e inequívoca que possuímos uma dimensão
tríplice: espírito, alma e corpo.
1-
ESPÍRITO HUMANO
A
nossa vida consiste em aprendermos a exercitar o nosso espírito humano recriado
para contatar o Senhor e sermos por ele guiados. Tudo o que necessitamos para
alcançarmos uma vida vitoriosa, plena e produtiva, já nos foi dado pelo
Espírito Santo residem em nós.
E
como o nosso desejo é crescer na presença de Deus, precisamos de revelação
(Rhema). Revelação (Rhema) é o conhecimento que é transmitido pelo Espírito
Santo ao nosso espírito.
Há uma
diferença considerável entre o conhecimento mental (intelectual) e o
conhecimento espiritual. Observe como há tantos que estão nas igrejas, conhecem
a Bíblia, mas, este conhecimento não os faz frutificar para a vida eterna. Isto
ocorre, pois muitos conhecem a Bíblia apenas intelectualmente (a letra);
desprovida da revelação, ou seja, do rhema. Precisamos manter-nos atrelados ao que Cristo Jesus, ensina-nos,
vejamos: “O Espírito e a noiva
dizem: "Vem!" E todo aquele
que ouvir diga: "Vem! "Quem tiver sede, venha; e quem quiser, beba de
graça da água da vida. Declaro
a todos os que ouvem as palavras da profecia deste livro: se alguém lhe
acrescentar algo, Deus lhe acrescentará as pragas descritas neste livro.
Se alguém tirar alguma palavra deste livro de
profecia, Deus tirará dele a sua parte na árvore da vida e na cidade santa, que
são descritas neste livro. Aquele que dá
testemunho destas coisas diz: "Sim, venho em breve!" Amém. Vem,
Senhor Jesus! A graça do Senhor Jesus seja com todos. Amém.
Ap. 22:17-21. Eu (Pr. Marcos Santos) chamo-o de
kerigma, palavra oriunda do grego, que em suma, significa, ser fiel ao texto,
em sua mensagem, pregação, anúncio, ou seja, as Escritura Sagrada.
Kerigma (do grego: κήρυγμα, kérygma) é uma palavra usada no Novo Testamento com
o significado de mensagem, pregação, anúncio ou proclamação.
Segundo o Novo Testamento, Jesus lançou
seu ministério ao entrar em uma sinagoga de Nazaré, em um sábado, e ler um
trecho do livro do profeta Isaías:
“O Espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me
ungiu para pregar boas-novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de
coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos; Isaías 61:1”.
Após a leitura Jesus se identificou como o Messias prenunciado
pelo profeta, aquele que traria as boas novas, ou o Evangelho . A
afirmação de que Jesus faz nesse momento é conhecido como o kerigma e é a base de sua pregação aos homens.
Ao
lermos as cartas de Paulo percebemos que a sua maior preocupação era a de que
os crentes tivessem a revelação de Deus. A revelação transforma através da
Palavra as pessoas e a fé se manifesta de forma espontânea, a unção de Deus é
transbordante. Veja: Ef 1.17 “para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o
Pai da glória, vos conceda espírito de sabedoria e de revelação no pleno
conhecimento dele” e “E também faço esta oração: que o vosso amor aumente mais
e mais em pleno conhecimento e toda a percepção”. Fp 1.9
A
revelação é ocorre primeiramente em nosso espírito. O Espírito Santo transmite
uma verdade ao nosso espírito, e o nosso espírito para a nossa mente. A mente
por si só não pode ter revelação de Deus; esta função é do nosso espírito.
Muitos membros de igrejas estão vivendo apenas como homens naturais, não
conseguem discernir as coisas do espírito, pois não sabem usar seu próprio
espírito para discernir a verdade de Deus.
O
Espírito Santo que habita em nós fala conosco. Se alguém nunca ouviu o Senhor
no espírito, então provavelmente não se converteu, pois somos gerados pela
Palavra de Deus, se Deus não falou, então não houve Palavra e, e o novo
nascimento não ocorreu.
Mas,
como posso perceber e ou ouvir o espírito? Entendemos que o nosso
espírito é muitas vezes chamado de coração na Bíblia. No texto, Paulo explica
que o coração é o espírito, ou pelo menos é o meio pelo qual ele é percebido.
Quando a Bíblia faz referência ao coração, aponta para algo íntimo, das
profundezas de nosso ser (comunhão, intuição e consciência).
Em
Rm 2.29 lemos: “Porém judeu é aquele que o é interiormente, e circuncisão, a
que é do coração, no espírito, não segundo a letra, e cujo louvor não procede
dos homens, mas de Deus”.
Veja
mais sobre o espírito humano:
a)
Deus é Espírito – Jo 4.24 “Deus é espírito; e
importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade”.
Entende-se
que, para que possamos ter contato com a matéria precisamos ser matéria, da
mesma forma, para que possamos ter contato com Deus que é Espírito, precisamos
ser um espírito também. Não ouvimos a voz de Deus com os nosso ouvidos físicos
e tão pouco o veremos com os olhos da carne. Mas, a Bíblia afirma que é
possível conhecer a Deus e este contato é possível apenas através de nosso
espírito.
b)
Através do espírito, adquirimos conhecimento espiritual – 1Co 2.14 “Ora, o homem natural não aceita
as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las,
porque elas se discernem espiritualmente”.
O
conhecimento importante que há em nossa vida cristã é adquirido
espiritualmente. Há no meio cristão muitos usando a mente para entender as
coisas que só é possível discerni-las espiritualmente, em consequência lê em a
Bíblia e não a entendem e sobre conclusões erradas edificam a vida.
c)
O nascer de novo é no espírito –
Jo 3.6 “O que é nascido da carne é carne; e o que é nascido do Espírito é
espírito”.
O
pecado de Adão produziu uma série de consequências que se estendeu a toda
humanidade. Quando falamos da morte de Adão, não nos referimos à morte física,
sim espiritual. O seu espírito morreu para o Eterno, esta morte se estendeu a
todos os homens “naturais”. A morte espiritual não extinguiu o espírito,
encontra-se morto, incapaz de estabelecer contato com o Criador. O Nascer de
novo é o renascimento deste espírito para Deus.
d)
Andar no espírito.
O
Novo Testamento exorta-nos a andar no espírito e quando entendemos que aquele
que se une ao Senhor é um só espírito com Deus, numa união indissolúvel,
necessitamos que o nosso espírito esteja vivo, pois é através dele que
recebemos toda a direção que procede do Espírito de Deus. O nosso espírito é a
parte do nosso ser que tem como função contatar a Deus.
A
nossa vida consiste em sermos guiados pelo Espírito, se não consigo ouvir o que
o Espírito Santo está dizendo, como serei guiado?
Deus
habita em nós na pessoa do Espírito Santo, nos molda e nos guia a toda verdade;
estas ações não são frutos de doutrinas teológicas, sim, revelação de Deus,
(rhema).
e)
Somos espirituais – 1Co 14.14 “Porque, se eu orar
em outra língua, o meu espírito ora de fato, mas a minha mente fica
infrutífera”.
Paulo
afirma que: “se eu orar... então o meu espírito ora”.
O apostolo mostra de forma clara que o “eu” e o “espírito” são a
mesma coisa, concluímos que Paulo se via como um ser espiritual.
É
evidente que não somos apenas espírito, somos também alma e corpo. Paulo ao
escrever aos crentes de Roma afirma que é também matéria (corpo): Rm 7.18
“Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne...”
A
divisão que apresentamos tem como objetivo facilitar a compreensão. O homem é
um ser constituído de três partes, a saber: espírito, alma e corpo.
O
corpo que hoje possuímos é apenas a nossa morada terrestre, quando estivermos
com o Senhor, nos céus, receberemos uma habitação celestial. Leia: 1Co 5.1,2
“Sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos da
parte de Deus um edifício, casa não feita por mãos, eterna, nos céus. E, por
isso, neste tabernáculo, gememos, aspirando por sermos revestidos da nossa
habitação celestial”.
2-
ALMA
A
palavra de Deus aponta-nos a alma como composta de três partes, são elas: a
mente, a vontade e a emoção. Estas três faculdades constitui a personalidade
humana. A alma é a sede da nossa personalidade, é o nosso “EU”. É por esse
motivo que a Bíblia, em alguns textos, chama o homem de “alma”. A alma
concentra as principais características do homem, tais como: amor, idéias,
pensamentos, etc.
a)
Função da Vontade:
Buscar - 1Cr 22.19 “Disponde, pois, agora o coração
e a alma para buscardes ao SENHOR, vosso Deus”. Buscar é uma função da vontade
e ela está na alma.
Recusar - Jó 6.7 “Aquilo que a minha alma recusava
tocar”. Recusar é uma função da vontade.
Escolher - Jó 7.15 “pelo que a minha alma escolheria,
antes, ser estrangulada; antes, a morte do que esta tortura”. Escolher também é
uma função da vontade.
À
luz dos textos citados, concluímos que a vontade é uma das funções da alma.
A
vontade é o instrumento para nossas decisões e indisposições. Sem a existência
da vontade seriamos semelhantes a um robô. O pecar ou não pecador está
relacionado à vontade.
b)
Função da Emoção:
A
emoção é extremamente importante, ela traz “cor” à vida humana, no entanto,
jamais podemos nos deixar guiar por ela. As emoções se manifestam de muitas
formas, entre elas: amor, ódio, alegria, tristeza, pesar, saudade, desejo, etc.
Alguns
exemplos de emoções:
Amor – 1Sm 18.1 “...e Jônatas o amou como à sua própria alma”. (ver também: Ct 1.7 e Sl 42.1) O amor é algo que surge em nossas almas e isso confirma que dentro da alma existe uma função como a emoção.
Amor – 1Sm 18.1 “...e Jônatas o amou como à sua própria alma”. (ver também: Ct 1.7 e Sl 42.1) O amor é algo que surge em nossas almas e isso confirma que dentro da alma existe uma função como a emoção.
Ódio – 2Sm 5.8 “Davi, naquele dia, mandou dizer:
Todo o que está disposto a ferir os jebuseus suba pelo canal subterrâneo e fira
os cegos e os coxos, a quem a alma de Davi aborrece”. (ver também: Ez 36.5)
Expressões como: menosprezo, aborrecimento, desprezo, etc. significam ódio e,
vemos que procedem da alma.
Alegria – Is 61.10 “Regozijar-me-ei muito no SENHOR,
a minha alma se alegra no meu Deus”. Sl 86.4 “Alegra a alma do teu servo,
porque a ti, Senhor, elevo a minha alma”. A alegria, segundo os textos citados
é uma emoção da alma.
c)
Função da Mente:
Os
textos de Romanos e Provérbios sugerem que a alma necessita de conhecimento.
Conhecimento - Rm 12.1-2 “Rogo-vos, pois, irmãos, pelas
misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo
e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis
com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que
experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”.
Pv
2.10 “Porquanto a sabedoria entrará no teu coração, e o conhecimento será
agradável à tua alma”. Conforme os textos, Conhecimento é uma função da mente,
logo, a mente é uma função da alma.
Saber – Sl 139.14 “Graças te dou, visto que por modo
assombrosamente maravilhoso me formaste; as tuas obras são admiráveis, e a
minha alma o sabe muito bem”. Saber é uma função da mente, e, portanto, também
da alma.
Lembrar – Lm 3.20 “Minha alma, continuamente, os recorda e
se abate dentro de mim”. O texto de Lamentações afirma claramente que a alma
pode se lembrar. A Lembrança é uma das funções da mente. Podemos afirmar que a
mente é uma função da alma.
A
mente é a função mais importante da alma. Se a nossa mente for obscurecida,
jamais chegaremos ao pleno conhecimento da Verdade. A renovação da mente nos
possibilita experimentar e entender a vontade de Deus, que é revelada em nosso
espírito.
Os
tópicos apresentados, com base na Bíblia, não deixam dúvidas quanto às funções
da alma, são elas: mente, vontade e emoção.
A
Palavra de Deus nos mostra que aqueles que andam segundo os padrões da alma
(vontade, mente e emoções) são chamados de carnais. Carnal não é exatamente
aquele que anda na prática do pecado; pois, os que andam no pecado
possivelmente ainda não nasceram (1Jo 3.9 “Todo aquele que é nascido de Deus
não vive na prática de pecado; pois o que permanece nele é a divina semente;
ora, esse não pode viver pecando, porque é nascido de Deus”). Os cristãos
que vivem segundo os padrões da alma tendem a seguir a função da alma que lhes
é mais peculiar. Por exemplo:
a)
Os emotivos usam as emoções como critério da vida espiritual.
Se forem tomados por calafrios e fortes emoções conseguem fazer a Obra de Deus,
mas, se as emoções acabam, também o ânimo se esvai.
b) Padrões
da Mente, estes recusam as emoções; até criticam os emotivos como sendo
carnais. O que não percebem é que andar segundo a mente também é da alma. Os
que andam segundo o padrão da mente tendem a ser extremamente críticos e
naturais na Obra. Geralmente, não aceitam o sobrenatural e quere colocar o
Espírito Santo nos seus padrões de mente.
c) Empolgados
pela Vontade (oba-oba) é a características de alguns crentes. Sempre
dispostos a iniciar alguma atividade, porém, em pouco tempo o “fogo se apaga”,
não são dotados de perseverança. E até afirmam: “Se não tenho vontade,
não preciso orar, ler a Bíblia e jejuar, afinal, Deus não quer
sacrifício”. Tem aparência de piedosos, mas se trata apenas de
desculpas da carne para não servir a Deus.
Se
o nosso andar é segundo a alma, invariavelmente cairemos em um dos três pontos
expostos acima ou em todos eles. Lembre-se: “os que estão na carne não podem
agradar a Deus”. Rm 8.8
Concluirmos
que a nossa alma é ruim não é correto. O Erro é andarmos confiados em sua
capacidade de pensar, entender e sentir. Os que andam segundo a alma não andam
por fé.
Devemos
transformá-la e este processo de transformação dura a vida inteira. Como
transformar a alma? Renovando a mente!
A
mente é a primeira função da alma, se a mudamos, os reflexos da transformação
envolve toda a nossa vida. E a única forma de mudar a nossa mente e
conformando-a com a Palavra de Deus. “E não vos conformeis com este século, mas
transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja
a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” (Rm 12.2).
Sou
eu mesmo quem me transformo na medida que me encho com a Palavra de Deus.
3-
O CORPO
A
Bíblia nos diz de forma clara que o nosso corpo é apenas a nossa casa
terrestre. É o lugar onde moramos nesse mundo. A função básica do corpo é ter
contato com o mundo físico.
Paulo
escreve aos irmãos de Corinto e afirma:
“Sabemos
que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos da parte de
Deus um edifício, casa não feita por mãos, eterna, nos céus. E, por isso, neste
tabernáculo, gememos, aspirando por sermos revestidos da nossa habitação
celestial; se, todavia, formos encontrados vestidos e não nus.
Pois, na verdade, os que estamos neste tabernáculo gememos angustiados, não por
querermos ser despidos, mas revestidos, para que o mortal seja absorvido pela
vida”. 2Co 5.1-4
O
nosso corpo não tem conserto e nem salvação. Precisamos receber um novo
corpo. No céu não teremos uma nova alma, mas, teremos um novo corpo. O
nosso espírito foi regenerado e a nossa alma está sendo transformado e o nosso
corpo será glorificado. Estes são os aspectos passado, presente e futuro da
nossa salvação.
Atenciosamente
Pr. Marcos Santos
Meu presbítero Marcos, a paz do Senhor. Seu comentário está perfeito, quisera eu que todos os nossos obreiros sejam dedicados assim como você, parabéns.
ResponderExcluirA graça do Senhor Jesus esteja sempre em você, seja a cada dia abençoado. Pr. Marques
Shallom, meu amado Pastor Presidente José Marques, muito grato mesmo por ter o senhor com líder tenho louvado ao nosso Deus, pois vejo uma grande inicial mudança na MEPAC, obrigado por ter lido esta postagem, estamos juntos para labutar para à glória do nosso Aba Pai, espero ansioso pela a publicação do seu livro, já tenho divulgado por onde eu passo, eu te bendigo em nome de Cristo Jesus, até mais...
ExcluirShallom, meu amado Pastor Presidente José Marques, muito grato mesmo por ter o senhor como líder, tenho louvado ao nosso Deus, pois vejo uma grande inicial mudança na MEPAC, obrigado também por ter lido esta postagem, estamos juntos para labutar para à glória do nosso Aba Pai, espero ansioso pela a publicação do seu livro, já tenho divulgado por onde eu passo, eu te bendigo em nome de Cristo Jesus, até mais...
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