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*Momentos de Introspecções com o Pastor Marcos Santos - MEPAC Regional 1 Recife - PE, Conheça-nos, Vem!*
"Este Espaço é Destinado para os Amantes da Excelente Literatura Bíblica para Elevação Espiritual e Moral"!!!

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Hebraísmo em Relação a Símbolos e Tipos


Hebraísmo em Relação a Simbologia (Símbolos) e Tipologia (Tipos)

Símbolos e Tipos

Olá, shallom, para todos diletos internautas, que bom poder está de volta, para o nosso “Momentos de Introspecções”, que todos vocês já sabem, é o meu, o seu é o nosso, “Cantinho de Meditação”, sou seu conservo “Presbítero Marcos Santos”, hoje iremos abordar a matéria hebraísmo no contexto dos símbolos e tipos, para uma melhor compreensão, pois bem, vamos ao assunto:
     Símbolos e tipos fazem parte do mesmo contexto dos hebraísmos. O Símbolo é uma figura, objeto, número ou emblema, cuja imagem representa, de modo sensível, uma verdade moral, ou religiosa. Através do símbolo, uma certa coisa, objeto ou verdade é substituído por um sinal. No símbolo um conceito abstrato recebe uma correspondência material e concreta pela relação existente entre o conceito e o objeto ou símbolo por ele representado.  Assim, o cajado do pastor, um bastão encurvado, é símbolo de regência por exemplo; o cetro, de senhorio, de poder, de domínio; o casamento, da união entre Deus e Israel, e Cristo e a Igreja, é assim consequentemente representados.
Cordeiro do Sacrifício = Cristo em seu Sacrifício Vicário. 
        Os simbolismos usados pelos escritores sagrados eram recursos literários contrários ao significado próprio ou verbal. As realidades sobrenaturais da religião judaica eram expressas através de objetos concretos. Também se compraziam em usar símbolos para designarem as ações e o caráter dos homens.

Relação entre Símbolos e Tipos
        Dentro deste conceito é que devemos entender também os tipos. Enquanto o símbolo e os recursos poéticos são práticas universais a todas as religiões e livros, quer sagrados ou não. O tipo é um recurso puramente bíblico, pois é propositalmente intencionado por Deus nas Escrituras. Os símbolos e os tipos respiram no mesmo campo de atuação, mas nem todo símbolo é um tipo, [grifo meu] “daí acontece muitas confusões entre as pessoas que não buscam minuciosamente analisar os símbolos e os tipos, pois torno a expressar-me, que nem todo símbolo é um tipo, tenham muito cuidado ao analisarem ambos (símbolos e tipos)”[grifo meu].

            Isto porque, para que um tipo seja mensurado, ou medido, é necessário que este possua certa validação textual posterior, pois se trata de um ato, fato ou objeto que tenciona uma mensagem profética, e até mesmo enigmático. Para maior compreensão devemos entender o que é antítipo:

Significados de Antítipo :

É a figura representada pelo seu tipo.
Por exemplo Cristo é o antítipo de Moisés. Este libertou o povo de Israel do Egito; aquele (Cristo Jesus) garante libertação do pecado aos que creem em seu nome.
Nota Importante: “...Adão, o qual é figura (tipo) daquele que havia de vir. (Rm 5:14b).
“Que também, como uma verdadeira figura (antítipo), agora vos salva, o batismo...” (1Pe 3:21).
Como é que os tradutores conseguiram traduzir duas palavras diferentes no grego, para uma só palavra em português? As palavras em grego são tipo e antítipo, e ambas foram traduzidas por figura, em português.
Em Romanos 5:14, Paulo diz que Adão é tipo de Cristo, e, que, portanto, Cristo é o antítipo de Adão. Neste caso a tradução está correta, porque tipo é mesmo a figura, da qual o antítipo é a realidade. Numa tipografia existem tipos, que são as matrizes das letras que saem nos jornais. Uma é a figura e a outra é a realidade. Uma fotografia de uma pessoa é uma figura ou tipo dela, enquanto que a pessoa é o antítipo, ou a realidade. Como Deus é todo-poderoso e pode fazer tudo o que quiser, ele fez uma figura ou tipo de seu filho, um ser humano vivente.
Porém, no caso de 1Pe 3:21, a palavra “figura” que aparece em português, não é a tradução da palavra grega “tipo”, mas da palavra “antítipo”. É claro que a palavra antítipo não é igual à palavra tipo, mas, antes, o seu oposto. Tipo é a figura, e antítipo á realidade representada pela figura. Assim, Adão é o tipo e Cristo é o antítipo. O prefixo grego “antí ” tem, pelo menos dois significados. Na expressão “antiamericanismo” (que é uma ideologia ou doutrina veiculada nos meios de comunicação de massa), tem o sentido de ser contra a cultura americana. É um dos sentidos da palavra anticristo (1Jo 2:18), que significa contra cristo. Mas o outro sentido da palavra “anti” é “estar no lugar de”, o que significa que o anticristo se apresentará para tomar o lugar de Cristo. No caso de Rm 5:14, Jesus veio para tomar o lugar que inicialmente parecia ser de Adão, como cabeça da raça humana. Todo ser humano tem de fazer uma escolha, de estar em Cristo, a realidade, ou em Adão, a figura.
Ainda, em 1Pe 3:21, o apóstolo está dizendo que o dilúvio de Noé é um tipo, uma figura, da qual o batismo cristão é o antítipo, a realidade. Assim como Deus salvou a família de Noé por meio do dilúvio, hoje nos salva por meio do batismo, mediante a fé em Cristo Jesus. Entre o “mundo do ímpios” e o mundo novo de Noé, estavam as águas do dilúvio. O dilúvio era o tipo, a figura, enquanto que o batismo é o antítipo, a realidade.
Tratando-se de símbolo, porém, não reclama a mesma validação, seja ela profética ou neotestamentária. Acrescente-se a esta proposição o fato de que o tipo não é variável em sua forma ou estrutura posterior, enquanto os símbolos podem receber diversos significados.
É importante fazer distinção entre tipos, símbolos e alegorias. O símbolo tem seu significado à parte do seu campo semântico normal, e vai além dele para representar um conceito abstrato, exemplo: “Cruz = Vida; Fogo = Julgamento”, etc... A alegoria é uma série de metáforas em que cada uma destas acrescenta um elemento para formar um quadro composto da mensagem, na alegoria do Bom Pastor (João cap. 10) cada parte transmite algum significado. Já a tipologia, no entanto, lida com o princípio do cumprimento análogo, ou seja comparação. Uma alegoria compara dois elementos distintos e envolve uma historia ou um desenvolvimento prolongado de expressões figuradas, ao passo que um tipo é um paralelo entre duas entidades históricas; a alegoria é indireta e implícita, o tipo é direto e explícito.

Tipos
          O termo grego “typos , da qual se deriva a palavra “Tipo”, aparece com diversos significados nos vários textos do Novo Testamento: Sinal (Jo 20:25), modelo ( Hb 8:5; At 7:44; Rm 5:14; 1Pe 5:3), modelo (At 7:44), nestes termos [deste tipo] (At 23:25), forma [tipo] (Rm 6:17), exemplo [modelo] ( 1Co 10:6; 1Ts 1:7; 1Pe 5:3), padrão (1Tm 4:12; Tt 2:7). Literalmente o termo significa uma marca visível deixada por algum objeto. Daí a marca deixada na história ou natureza pelo antítipo.
Tabernáculo
            A ideia comum em todos os casos é a de alguma coisa que se assemelha ou corresponde a outra. O termo por si, não indica que haja uma relação formal entre ciosas, seres, pessoas ou objetos, mas ocorre sem qualquer matriz teológico. O escritor aos Hebreus 8:5 usa o termo “hypódeigma” para referir-se aos sacerdotes aarônicos, no sentido de que eles ministravam segundo a cópia ou imitação das coisas celestiais: “ Os quais servem de exemplar (hypódeigma) e sombra (skia) das coisas celestiais, como Moisés devidamente foi avisado por Deus, estando já para acabar o tabernáculo; porque foi dito: “Olha, faze tudo conforme o modelo (Typon) que, no monte, se te mostrou”, Êx 26:30. O tabernáculo era apenas uma representação ou figura ou tipo, que não incluía a natureza real do santuário celestial, é o que se depreende, ou compreende, quando o autor usa o vocábulo “skia”, ou seja, uma sombra projetada por qualquer objeto. Esta cópia representava com exatidão o arquétipo original, mas não deixava de ser uma cópia. Os rabinos costumavam explorar estes fatos levando a questão dos tipos e símbolos bíblicos ao absurdo. Procuravam em cada utensílio, detalhe ou faceta do tabernáculo terrenal, alguma característica espiritual do celestial.  Este texto deixa claro que o tabernáculo e as cerimônias nele ministradas são um tipo ou modelo profético do que Cristo, verdadeiro sacerdote, faria nas regiões celestiais, onde constava o verdadeiro santuário (Hb 8:1,2 cf. At 7:44).
Bem amados internautas, o meu, o seu e o nosso, “Momentos de Introspecções”, fica por aqui, na esperança de encontrar-vos nos próximos momentos, pois vocês já sabem, este é o nosso “cantinho de meditação”, shallom e namaste. [Assunto estudado pelo Livro Hermenêutica Fácil e Descomplicada. Autor: Esdras Costa Bento. 1ª Edição de 2003, todos os direitos reservados a CPAD. Aprovado pela MEPAC].

Atenciosamente
Pb. Marcos Santos






Os significados das palavras “alma” e “espírito” na Bíblia

Algumas informações etimológicas   
            As palavras “alma” e “espírito” nas Escrituras provêm de palavras hebraicas e gregas, línguas em que a Bíblia foi escrita. Vejamos: Alma – No Antigo Testamento, vem do hebraico vpn (nephesh). Ocorre aproximadamente 755 vezes, sendo traduzida de diferentes formas, dependendo do contexto. No Novo Testamento, a palavra grega é quch (psychê) e ocorre aproximadamente 105 vezes.  Espírito – No Velho Testamento são usadas as palavras Mwr (ruach) e hmvn (neshamah). Aparece 377 vezes. No Novo Testamento, a palavra grega para espírito é pneuma (pneuma) e aparece 220 vezes.  Como essas palavras são traduzidas. São explanadas de diversas formas nas Escrituras. Eis alguns exemplos: “Alma é traduzida como: vida (Gênesis 9:4,5; 35:18; Salmo 31:13), pessoa (Gênesis 14:21; Deuteronômio 10:22; Atos 27:37), cadáver (Números 9:6); apetite (Ec 6:7) coração (Êxodo 23:9) ser vivente (Apocalipse 16:3) pronomes pessoais (Salmo 3:2; Mateus 26:38). A palavra “alma” aparece na Bíblia aproximadamente 1600 vezes e em nenhum caso refere-se a uma entidade imaterial com imortalidade e que sobreviva fora do corpo.  
·         Espírito pode ser traduzido como: vento (respiração – Gênesis 8:1), espírito (no sentido de alento, ânimo – Juízes 15:19), atitude ou estado de espírito (Romanos 8:15; 1 Coríntios 4:21), sopro ou hálito de Deus (2 Tessalonicenses 2:8) consciência  individual (1 Coríntios 2:11, primeira parte).
O termo também é usado para se referir a seres pessoaisanjos e demônios (Hebreus 1:14; 1 Timóteo 4:1; a Cristo (1 Coríntios 3:17) a Divina natureza de Cristo (Romanos 1:4), à Terceira Pessoa da Trindade (Romanos 8:9-11; 1 Coríntios 2:8-12); a Deus Pai (João 4:24) e a pessoas vivas (Hebreus 12:22, 23).  
Por que existem tantos sentidos para as palavras “alma e espírito”? As línguas bíblicas não possuem um considerável número de verbetes. O hebraico, por exemplo, não possui vogais, preposições, ou conjunções. Esta escassez de palavras faz com que um termo seja traduzido de diferentes formas.  
            Como comparação, vejamos a língua portuguesa. Mesmo sendo rica em letras e verbetes, enfrenta certas dificuldades. A palavra “manga” tem mais de 1 sentido: refere-se à manga de um casaco e a uma fruta. Se a nossa língua, com seus muitos verbetes, tem palavras com vários sentidos, imagine o alfabeto hebraico!    
            Apesar das diversas traduções, é importantíssimo sabermos que o conceito básico de “espírito” e “alma” encontrados no texto de Gênesis 2:7, onde é mencionado o processo utilizado por Deus na criação do homem:  
“Então, formou o SENHOR Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida (neshamah), e o homem passou a ser alma (nephesh) vivente”.   
Deus formou ao homem de dois elementos: pó da terra e fôlego de vida. De acordo com o original, este texto seria da seguinte forma: “Então, formou o Senhor Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o espírito de vida (fôlego de vida), e o homem passou a ser uma pessoa vivente”. Isso significa que no conceito Bíblico:  
·         O principal significado de “espírito” (mesmo podendo ser traduzido de várias maneiras) é fôlego de vida; 
·         “Alma” é a união do corpo com o fôlego de vida, ou seja, a pessoa como um todo. Uma pessoa viva. Veja Deuteronômio 10:22: “Com setenta almas [pessoas], teus pais desceram ao Egito; e, agora, o SENHOR, teu Deus, te pôs como as estrelas dos céus em multidão.”
   
Uma breve ilustração  
Digamos que você tenha uma lâmpada e não tenha a eletricidade. Teria a luz? Certamente não. Agora, suponhamos que você tenha a eletricidade, mas não tenha a lâmpada. Haveria luz? Também não.  
Para haver a luz, é necessário haver a lâmpada e a eletricidade. Apenas um desses itens não basta.  
O mesmo se dá em relação à vida! Para existirmos temos de ter o corpo e o espírito (fôlego de Deus). Do contrário não temos vida; deixamos de existir e dormimos o sono da morte. O próprio Cristo, o “Autor da Vida” (Atos 3:15) comparou a morte a um sono:  
“Isto dizia e depois lhes acrescentou: Nosso amigo Lázaro adormeceu, mas vou para despertá-lo. Disseram-lhe, pois, os discípulos: Senhor, se dorme, estará salvo.  Jesus, porém, falara com respeito à morte de Lázaro; mas eles supunham que tivesse falado do repouso do sono.  Então, Jesus lhes disse claramente: Lázaro morreu”. João 11:11-14.  
Com essa comparação, Cristo confirmou o que disse Salomão a respeito do estado do ser humano na morte:  
“Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco terão eles recompensa, porque a sua memória jaz no esquecimento.  Amor, ódio e inveja para eles já pereceram; para sempre não têm eles parte em coisa alguma do que se faz debaixo do sol”. Eclesiastes 9:5-6.  
O estado do ser humano na morte  
Na Bíblia, a morte é comparada a um sono (sem sonhos) aproximadamente 53 vezes, indicando assim o estado de inconsciência dos mortos até a volta de Jesus (ler Salmo 6:5; 13:3; 88:10-12; 115:17; Isaías 38:18-19; Eclesiastes 9:5-6 e 10; 1 Tessalonicenses 4:13-16).  
“A Bíblia não apoia em absoluto a doutrina popular de que os mortos permanecem conscientes até a ressurreição. Pelo contrário, enfaticamente refuta tal ensinamento (Sl 115:17; Ec 9:5). Emprega-se comumente o verbo dormir como símbolo da morte (Dt 31:16; 2 Sm 7:12; I Rs 11:43; Jó 14:12 ; Dn 12:2; Jo 11:11,12;           1 Co 15:51; 1 Ts 4:13-17; etc). A declaração de Jesus, que consolava a seus discípulos com a idéia de que eles voltariam a estar com ele na ocasião de sua segunda vinda e não na morte, ensina claramente que o “sono” não é uma comunicação consciente dos justos com o Senhor (João 14:1-3). Do mesmo modo, Paulo explicou que ao produzir-se o segundo advento, todos os justos que então estão vivos e os mortos que ressuscitarão neste momento se unirão simultaneamente com Cristo, sem que os vivos precedam os mortos (1 Ts 4:16,17)” .     
Se a morte fosse um começo de uma nova existência, não poderia ser chamada pelas Escrituras de nossa “inimiga” (1 Coríntios 15:26); teria de ser chamada de amiga, pois estaria nos ajudando a ir para o paraíso…  
Só Deus é imortal em Sua essência  
De acordo com as Escrituras, o único que possui a imortalidade é Deus: “a qual, em suas épocas determinadas, há de ser revelada pelo bendito e único Soberano, o Rei dos reis e Senhor dos senhores;  o único que possui imortalidade, que habita em luz inacessível, a quem homem algum jamais viu, nem é capaz de ver. A ele honra e poder eterno. Amém!” 1 Timóteo 6:15-16.  
Para que o homem fosse eterno, teria de obedecer a Deus e assim teria livre acesso à árvore da vida, que perpetua a existência. Como o ser humano pecou e Deus o expulsou do Éden para que não fosse um pecador imortal, Adão e Eva não comeram mais da árvore da vida, tornando-se assim mortais. (Leia Gênesis 3:22-24; Isaías 51:12). E essa mortalidade herdamos deles (Romanos 5:12 e 6:23).  
Se já fôssemos imortais não haveria necessidade de Adão ter comido da árvore da vida, e, nós, de a comermos no Céu. (ler Gênesis 2:16, 17; 3:23, 24 e Apocalipse 22:2). Como seríamos imortais sendo que Deus privou o homem de comer da árvore da vida? (Gênesis 3:22 e 24). O ser humano foi criado com a imortalidade, mas ela era “condicional” à obediência a Deus.  
Quando Jesus voltar e nos levar com Ele comeremos da árvore da vida para sermos imortais: “No meio da sua praça, de uma e outra margem do rio, está a árvore da vida, que produz doze frutos, dando o seu fruto de mês em mês, e as folhas da árvore são para a cura dos povos”. Apocalipse 22:2.  
“Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras no sangue do Cordeiro, para que lhes assista o direito à árvore da vida, e entrem na cidade pelas portas”. Ap. 22:14.  
“e, se alguém tirar qualquer coisa das palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte da árvore da vida, da cidade santa e das coisas que se acham escritas neste livro”. Ap. 22:19.  

Para pensar  

·         Se já tivéssemos uma alma ou espírito imortal, não haveria necessidade de comermos da árvore da vida;
·         Se o espírito ou alma já estivessem no Céu ou em algum lugar intermediário (vivendo de um modo imaterial), por que Jesus iria vir nos buscar? Não haveria necessidade se já estivéssemos lá em cima.
A doutrina da ressurreição é uma prova de que a pessoa ainda não recebeu a recompensa eterna, pois, se Jesus vem nos ressuscitar a pessoa para levar ao Céu, é sinal de que ela ainda não está lá. Foi por isso que Paulo sempre acreditou que a recompensa dela era no futuro, na volta de Jesus: “Já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos quantos amam a sua vinda.” 2 Timóteo 4:8.  
E não devemos esquecer que as pessoas que já foram arrebatadas ao Paraíso (Enoque, Moisés e Elias) foram com o corpo, em vida e não por ocasião da morte (Moisés foi ressuscitado antes de ir ao céu – ver Judas 1:9). Isto é uma prova indiscutível de que o ser humano, ao ir para o Céu, irá também com o corpo e não “em espírito”, como ensina a doutrina espírita.  
A origem da doutrina da imortalidade da alma – breve resumo
Em Gênesis 3:4 encontramos o primeiro “médium” que existiu no mundo: uma serpente que serviu de “canal” para que o diabo falasse por meio dela e enganasse Eva. Foi satanás quem disse que, mesmo sendo uma pecadora, Eva não morreria: “Então, a serpente disse à mulher: É certo que não morrereis.” Algo totalmente oposto ao que Deus havia dito em Gênesis 2:16, 17.  
Portanto, o criador da doutrina da imortalidade natural da alma foi o diabo. Depois, ele usou recursos humanos para difundir essa teoria até os nossos dias, como disse um influente pastor Presbiteriano:  
“A doutrina da imortalidade da alma não é bíblica, mas pagã. Nasceu na Grécia e propagou-se na Igreja, através de Platão, do século V em diante, graças à influência de Agostinho…” 
            Na sequência histórica surgiu Allan Kardec que, por meio de sua “mediunidade” e escritos incentivou muitos a estudarem o espiritismo, que se tornou bem aceito. Hoje, conta com milhares de adeptos ao redor do mundo, especialmente no Brasil.  
Questões Bíblicas para análise:  
1) Se a pessoa ao morrer fosse para o céu, o inferno ou um lugar intermediário entre os dois, que necessidade haveria de Jesus voltar e ressuscitar, se nosso ente querido já estivesse num desses lugares? (lembre-se: os filhos de Cristo, ressuscitarão na volta dEle! Ler 1 Coríntios 15:23). É ilógico Jesus enviar-nos do céu “em espírito” à sepultura para depois ter de nos ressuscitar. Como harmonizar a doutrina da ressurreição com a doutrina imortalista?        
2) Como crer que ao morrermos vamos para o Céu se em Hebreus 11:39 e 40 os heróis da fé ainda não obtiveram a concretização da promessa, pois Deus não quer que sem nós eles sejam aperfeiçoados? (Lembremos de 1 Coríntios 15:20);  
3) Como crer na doutrina da imortalidade da alma sendo que a eternidade do homem era condicional à obediência a Deus, e, por desobedecerem, Adão e Eva foram privados da árvore da vida para que não se tornassem imortais como Deus? Nós não comemos da árvore da vida… (Gênesis 3:22-23). Outra questão: Por que iremos comer da árvore da vida no céu se nosso “espírito” já é imortal? (Apocalipse 22:2);  
4) Se somos imortais, por que devemos ainda “buscar a imortalidade e a incorruptibilidade”? (Romanos 2:7). Se devemos buscar, é porque não a temos;  
5) Por que Jesus diz ser a morte um sono? (João 11:11-14). Se temos uma “alma” ou “espírito” imortal, por que Jesus disse, após Sua ressurreição, que durante a morte “ainda não tinha subido para o Pai?” (João 20:17).  
6) Como harmonizar a doutrina da imortalidade da alma com o texto de Mateus 16:27, no qual diz que “a recompensa será dada quando Jesus voltar”? Se estivessem os mortos no Céu, no inferno ou num lugar intermediário, já teriam recebido a recompensa antes mesmo do juízo final! Tal doutrina (vida após a morte) não se harmoniza com a doutrina do Juízo, que está no futuro (Atos 17:31).  
7) Jesus disse em João 11:25: “… Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá; (João 11:25 grifo meu); Ele não disse: “… ainda que morra, vive…”. “Ao contrário, Ele declarou, que no futuro trará da sepultura aqueles que morreram nEle. Veja João 5:28 e 29”.  
   
Quando receberemos a imortalidade.  
Em João 5:24 o Senhor diz que ao cremos nEle, temos a imortalidade garantida. Mas isto não significa que hoje tenhamos recebido a imortalidade . Isto fica claro nos seguintes textos, onde se afirma que a receberemos quando Jesus voltar e ressuscitar os justos :Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá” João 11:25. “E serás bem-aventurado, pelo fato de não terem eles com que recompensar-te; a tua recompensa, porém, tu a receberás na ressurreição dos justos”. Lucas 14:14. “De fato, a vontade de meu Pai é que todo homem que vir o Filho e nele crer tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia”. João 6:40.  
Outros versos:  
“Ora, todos estes que obtiveram bom testemunho por sua fé não obtiveram, contudo, a concretização da promessa, por haver Deus provido coisa superior a nosso respeito, para que eles, sem nós, não fossem aperfeiçoados”. Hebreus 11:39-40. “Cada um, porém, por sua própria ordem: Cristo, as primícias; depois, os que são de Cristo, na sua vinda”. 1 Coríntios 15:23. “Não queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes com respeito aos que dormem, para não vos entristecerdes como os demais, que não têm esperança.  Pois, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus, mediante Jesus, trará, em sua companhia, os que dormem.  Ora, ainda vos declaramos, por palavra do Senhor, isto: nós, os vivos, os que ficarmos até à vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que dormem. Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor”. 1 Tessalonicenses 4:13-17.  
Neste texto da carta de Paulo aos Tessalonicenses podemos ver a sequência correta dos eventos antes de recebermos a imortalidade que já nos está assegurada em Cristo:  
      1o: Vinda de Jesus;  
2o: Ressurreição dos mortos;  
3o: Transformação dos vivos;  
4o: Arrebatamento dos vivos juntamente com os mortos ressuscitados, indicando assim que iremos para o Céu todos juntos; os mortos não vão primeiro após a morte;  
5o: Encontro com o Senhor nos ares;  
6o: Vida eterna ao lado de Cristo.  
Em 1 Coríntios 15:51,52, também podemos observar esta sequência em detalhes:  
“Eis que eu lhes digo um mistério: nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados, num momento, num abrir e fechar de olhos, ao som da última trombeta. Pois a trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis e nós seremos transformados. 1 Coríntios 15:51-52”...


Alma, Espírito & Corpo

O homem em sua essência possui uma estrutura triúna ou tricotômico, todos somos: espírito, alma e corpo. Em 1Ts 5.23 esta verdade é expressa de forma clara e inquestionável: “O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo”.
Há uma grande confusão a respeito de Espírito e Alma, muitos afirmam que se trata da mesma coisa; mas, ao lermos Hb 4.12 concluímos que são distintas entre si. Leia o texto: “Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até a ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração”.
Como servos de Deus precisamos conhecer alguns pontos fundamentais da fé, o objetivo deste estudo e mostrar de forma clara e inequívoca que possuímos uma dimensão tríplice: espírito, alma e corpo.
1- ESPÍRITO HUMANO
A nossa vida consiste em aprendermos a exercitar o nosso espírito humano recriado para contatar o Senhor e sermos por ele guiados. Tudo o que necessitamos para alcançarmos uma vida vitoriosa, plena e produtiva, já nos foi dado pelo Espírito Santo residem em nós.
E como o nosso desejo é crescer na presença de Deus, precisamos de revelação (Rhema). Revelação (Rhema) é o conhecimento que é transmitido pelo Espírito Santo ao nosso espírito.
Há uma diferença considerável entre o conhecimento mental (intelectual) e o conhecimento espiritual. Observe como há tantos que estão nas igrejas, conhecem a Bíblia, mas, este conhecimento não os faz frutificar para a vida eterna. Isto ocorre, pois muitos conhecem a Bíblia apenas intelectualmente (a letra); desprovida da revelação, ou seja, do rhema. Precisamos manter-nos atrelados ao que Cristo Jesus, ensina-nos, vejamos: “O Espírito e a noiva dizem: "Vem!"  E todo aquele que ouvir diga: "Vem! "Quem tiver sede, venha; e quem quiser, beba de graça da água da vida. Declaro a todos os que ouvem as palavras da profecia deste livro: se alguém lhe acrescentar algo, Deus lhe acrescentará as pragas descritas neste livro. Se alguém tirar alguma palavra deste livro de profecia, Deus tirará dele a sua parte na árvore da vida e na cidade santa, que são descritas neste livro. Aquele que dá testemunho destas coisas diz: "Sim, venho em breve!" Amém. Vem, Senhor Jesus! A graça do Senhor Jesus seja com todos. Amém. Ap. 22:17-21. Eu (Pr. Marcos Santos) chamo-o de kerigma, palavra oriunda do grego, que em suma, significa, ser fiel ao texto, em sua mensagem, pregação, anúncio, ou seja, as Escritura Sagrada.
Kerigma (do grego: κήρυγμα, kérygma) é uma palavra usada no Novo Testamento com o significado de mensagem, pregação, anúncio ou proclamação. 
Segundo o Novo Testamento, Jesus lançou seu ministério ao entrar em uma sinagoga de Nazaré, em um sábado, e ler um trecho do livro do profeta Isaías:
“O Espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar boas-novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos; Isaías 61:1”.
Após a leitura Jesus se identificou como o Messias prenunciado pelo profeta, aquele que traria as boas novas, ou o Evangelho . A afirmação de que Jesus faz nesse momento é conhecido como o kerigma e é a base de sua pregação aos homens.
Ao lermos as cartas de Paulo percebemos que a sua maior preocupação era a de que os crentes tivessem a revelação de Deus. A revelação transforma através da Palavra as pessoas e a fé se manifesta de forma espontânea, a unção de Deus é transbordante. Veja: Ef 1.17 “para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos conceda espírito de sabedoria e de revelação no pleno conhecimento dele” e “E também faço esta oração: que o vosso amor aumente mais e mais em pleno conhecimento e toda a percepção”.  Fp 1.9
A revelação é ocorre primeiramente em nosso espírito. O Espírito Santo transmite uma verdade ao nosso espírito, e o nosso espírito para a nossa mente. A mente por si só não pode ter revelação de Deus; esta função é do nosso espírito. Muitos membros de igrejas estão vivendo apenas como homens naturais, não conseguem discernir as coisas do espírito, pois não sabem usar seu próprio espírito para discernir a verdade de Deus.
O Espírito Santo que habita em nós fala conosco. Se alguém nunca ouviu o Senhor no espírito, então provavelmente não se converteu, pois somos gerados pela Palavra de Deus, se Deus não falou, então não houve Palavra e, e o novo nascimento não ocorreu.
Mas, como posso perceber e ou ouvir o espírito?  Entendemos que o nosso espírito é muitas vezes chamado de coração na Bíblia. No texto, Paulo explica que o coração é o espírito, ou pelo menos é o meio pelo qual ele é percebido. Quando a Bíblia faz referência ao coração, aponta para algo íntimo, das profundezas de nosso ser (comunhão, intuição e consciência).
Em Rm 2.29 lemos: “Porém judeu é aquele que o é interiormente, e circuncisão, a que é do coração, no espírito, não segundo a letra, e cujo louvor não procede dos homens, mas de Deus”.
Veja mais sobre o espírito humano:
a) Deus é Espírito – Jo 4.24 “Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade”.
Entende-se que, para que possamos ter contato com a matéria precisamos ser matéria, da mesma forma, para que possamos ter contato com Deus que é Espírito, precisamos ser um espírito também. Não ouvimos a voz de Deus com os nosso ouvidos físicos e tão pouco o veremos com os olhos da carne. Mas, a Bíblia afirma que é possível conhecer a Deus e este contato é possível apenas através de nosso espírito.
b) Através do espírito, adquirimos conhecimento espiritual – 1Co 2.14 “Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente”.
O conhecimento importante que há em nossa vida cristã é adquirido espiritualmente. Há no meio cristão muitos usando a mente para entender as coisas que só é possível discerni-las espiritualmente, em consequência lê em a Bíblia e não a entendem e sobre conclusões erradas edificam a vida.
c) O nascer de novo é no espírito – Jo 3.6 “O que é nascido da carne é carne; e o que é nascido do Espírito é espírito”.
O pecado de Adão produziu uma série de consequências que se estendeu a toda humanidade. Quando falamos da morte de Adão, não nos referimos à morte física, sim espiritual. O seu espírito morreu para o Eterno, esta morte se estendeu a todos os homens “naturais”. A morte espiritual não extinguiu o espírito, encontra-se morto, incapaz de estabelecer contato com o Criador. O Nascer de novo é o renascimento deste espírito para Deus.
d) Andar no espírito.
O Novo Testamento exorta-nos a andar no espírito e quando entendemos que aquele que se une ao Senhor é um só espírito com Deus, numa união indissolúvel, necessitamos que o nosso espírito esteja vivo, pois é através dele que recebemos toda a direção que procede do Espírito de Deus. O nosso espírito é a parte do nosso ser que tem como função contatar a Deus.
A nossa vida consiste em sermos guiados pelo Espírito, se não consigo ouvir o que o Espírito Santo está dizendo, como serei guiado?
Deus habita em nós na pessoa do Espírito Santo, nos molda e nos guia a toda verdade; estas ações não são frutos de doutrinas teológicas, sim, revelação de Deus, (rhema).
e) Somos espirituais – 1Co 14.14 “Porque, se eu orar em outra língua, o meu espírito ora de fato, mas a minha mente fica infrutífera”.
Paulo afirma que: “se eu orar... então o meu espírito ora”. O apostolo mostra de forma clara que o “eu” e o “espírito” são a mesma coisa, concluímos que Paulo se via como um ser espiritual.
É evidente que não somos apenas espírito, somos também alma e corpo. Paulo ao escrever aos crentes de Roma afirma que é também matéria (corpo): Rm 7.18 “Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne...”
A divisão que apresentamos tem como objetivo facilitar a compreensão. O homem é um ser constituído de três partes, a saber: espírito, alma e corpo.
O corpo que hoje possuímos é apenas a nossa morada terrestre, quando estivermos com o Senhor, nos céus, receberemos uma habitação celestial. Leia: 1Co 5.1,2 “Sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos da parte de Deus um edifício, casa não feita por mãos, eterna, nos céus. E, por isso, neste tabernáculo, gememos, aspirando por sermos revestidos da nossa habitação celestial”.
2- ALMA
A palavra de Deus aponta-nos a alma como composta de três partes, são elas: a mente, a vontade e a emoção. Estas três faculdades constitui a personalidade humana. A alma é a sede da nossa personalidade, é o nosso “EU”. É por esse motivo que a Bíblia, em alguns textos, chama o homem de “alma”. A alma concentra as principais características do homem, tais como: amor, idéias, pensamentos, etc.
a) Função da Vontade:
Buscar - 1Cr 22.19 “Disponde, pois, agora o coração e a alma para buscardes ao SENHOR, vosso Deus”. Buscar é uma função da vontade e ela está na alma.
Recusar - Jó 6.7 “Aquilo que a minha alma recusava tocar”. Recusar é uma função da vontade.
Escolher - Jó 7.15 “pelo que a minha alma escolheria, antes, ser estrangulada; antes, a morte do que esta tortura”. Escolher também é uma função da vontade.
À luz dos textos citados, concluímos que a vontade é uma das funções da alma.
A vontade é o instrumento para nossas decisões e indisposições. Sem a existência da vontade seriamos semelhantes a um robô. O pecar ou não pecador está relacionado à vontade.
b) Função da Emoção:
A emoção é extremamente importante, ela traz “cor” à vida humana, no entanto, jamais podemos nos deixar guiar por ela. As emoções se manifestam de muitas formas, entre elas: amor, ódio, alegria, tristeza, pesar, saudade, desejo, etc.
Alguns exemplos de emoções:

Amor – 1Sm 18.1 “...e Jônatas o amou como à sua própria alma”. (ver também: Ct 1.7 e Sl 42.1) O amor é algo que surge em nossas almas e isso confirma que dentro da alma existe uma função como a emoção.
Ódio – 2Sm 5.8 “Davi, naquele dia, mandou dizer: Todo o que está disposto a ferir os jebuseus suba pelo canal subterrâneo e fira os cegos e os coxos, a quem a alma de Davi aborrece”. (ver também: Ez 36.5) Expressões como: menosprezo, aborrecimento, desprezo, etc. significam ódio e, vemos que procedem da alma.
Alegria – Is 61.10 “Regozijar-me-ei muito no SENHOR, a minha alma se alegra no meu Deus”. Sl 86.4 “Alegra a alma do teu servo, porque a ti, Senhor, elevo a minha alma”. A alegria, segundo os textos citados é uma emoção da alma.
c) Função da Mente:
Os textos de Romanos e Provérbios sugerem que a alma necessita de conhecimento.
Conhecimento - Rm 12.1-2 “Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.  E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”.
Pv 2.10 “Porquanto a sabedoria entrará no teu coração, e o conhecimento será agradável à tua alma”. Conforme os textos, Conhecimento é uma função da mente, logo, a mente é uma função da alma.
Saber – Sl 139.14 “Graças te dou, visto que por modo assombrosamente maravilhoso me formaste; as tuas obras são admiráveis, e a minha alma o sabe muito bem”. Saber é uma função da mente, e, portanto, também da alma.
Lembrar – Lm 3.20 “Minha alma, continuamente, os recorda e se abate dentro de mim”. O texto de Lamentações afirma claramente que a alma pode se lembrar. A Lembrança é uma das funções da mente. Podemos afirmar que a mente é uma função da alma.
A mente é a função mais importante da alma. Se a nossa mente for obscurecida, jamais chegaremos ao pleno conhecimento da Verdade. A renovação da mente nos possibilita experimentar e entender a vontade de Deus, que é revelada em nosso espírito.
Os tópicos apresentados, com base na Bíblia, não deixam dúvidas quanto às funções da alma, são elas: mente, vontade e emoção.
A Palavra de Deus nos mostra que aqueles que andam segundo os padrões da alma (vontade, mente e emoções) são chamados de carnais. Carnal não é exatamente aquele que anda na prática do pecado; pois, os que andam no pecado possivelmente ainda não nasceram (1Jo 3.9 “Todo aquele que é nascido de Deus não vive na prática de pecado; pois o que permanece nele é a divina semente; ora, esse não pode viver pecando, porque é nascido de Deus”).  Os cristãos que vivem segundo os padrões da alma tendem a seguir a função da alma que lhes é mais peculiar. Por exemplo:
a) Os emotivos usam as emoções como critério da vida espiritual. Se forem tomados por calafrios e fortes emoções conseguem fazer a Obra de Deus, mas, se as emoções acabam, também o ânimo se esvai.
b) Padrões da Mente, estes recusam as emoções; até criticam os emotivos como sendo carnais. O que não percebem é que andar segundo a mente também é da alma. Os que andam segundo o padrão da mente tendem a ser extremamente críticos e naturais na Obra. Geralmente, não aceitam o sobrenatural e quere colocar o Espírito Santo nos seus padrões de mente.
c) Empolgados pela Vontade (oba-oba) é a características de alguns crentes. Sempre dispostos a iniciar alguma atividade, porém, em pouco tempo o “fogo se apaga”, não são dotados de perseverança. E até afirmam: “Se não tenho vontade, não preciso orar, ler a Bíblia e jejuar, afinal, Deus não quer sacrifício”. Tem aparência de piedosos, mas se trata apenas de desculpas da carne para não servir a Deus.
Se o nosso andar é segundo a alma, invariavelmente cairemos em um dos três pontos expostos acima ou em todos eles. Lembre-se: “os que estão na carne não podem agradar a Deus”. Rm 8.8
Concluirmos que a nossa alma é ruim não é correto. O Erro é andarmos confiados em sua capacidade de pensar, entender e sentir. Os que andam segundo a alma não andam por fé.
Devemos transformá-la e este processo de transformação dura a vida inteira. Como transformar a alma? Renovando a mente!
A mente é a primeira função da alma, se a mudamos, os reflexos da transformação envolve toda a nossa vida. E a única forma de mudar a nossa mente e conformando-a com a Palavra de Deus. “E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” (Rm 12.2).
Sou eu mesmo quem me transformo na medida que me encho com a Palavra de Deus.
3- O CORPO
A Bíblia nos diz de forma clara que o nosso corpo é apenas a nossa casa terrestre. É o lugar onde moramos nesse mundo. A função básica do corpo é ter contato com o mundo físico.
Paulo escreve aos irmãos de Corinto e afirma:
“Sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos da parte de Deus um edifício, casa não feita por mãos, eterna, nos céus. E, por isso, neste tabernáculo, gememos, aspirando por sermos revestidos da nossa habitação celestial;  se, todavia, formos encontrados vestidos e não nus.  Pois, na verdade, os que estamos neste tabernáculo gememos angustiados, não por querermos ser despidos, mas revestidos, para que o mortal seja absorvido pela vida”. 2Co 5.1-4
O nosso corpo não tem conserto e nem salvação. Precisamos receber um novo corpo.  No céu não teremos uma nova alma, mas, teremos um novo corpo. O nosso espírito foi regenerado e a nossa alma está sendo transformado e o nosso corpo será glorificado. Estes são os aspectos passado, presente e futuro da nossa salvação.




Atenciosamente
Pr. Marcos Santos