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*Momentos de Introspecções com o Pastor Marcos Santos - MEPAC Regional 1 Recife - PE, Conheça-nos, Vem!*
"Este Espaço é Destinado para os Amantes da Excelente Literatura Bíblica para Elevação Espiritual e Moral"!!!

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Hermenêutica - Como Estudar a Bíblia Sagrada

Como Estudar a Bíblia Sagrada



Olá, shallom, meus queridos e diletos internautas como vão todos? Seu conservo “Presbítero Marcos Santos” estava com muita saudade, mas graça ao nosso bom Deus, aqui estamos para mais um “Momentos de Introspecções”, hoje abordaremos como devemos estudar a Bíblia Sagrada, sem mais delongas, vamos para o assunto.

A Bíblia não deve ser interpretada segundo nossas idéias particulares.  Sua interpretação deve seguir as orientações que ela mesma oferece. Ao conjunto de regras que se deve usar na interpretação da Bíblia, chamamos de Hermenêutica. Hermenêutica significa interpretação do sentido das palavras, e a arte e ciência de interpretar textos sagrados ou leis. Não é uma ciência limitada somente à área bíblica, pois é usada, por exemplo, na área de direito, a hermenêutica jurídica. A palavra hermenêutica vem do grego – hermeneo – que significa explicar, interpretar, traduzir.         
A imagem desta palavra está ligada à mitologia grega ao deus Hermes – o correio entre os deuses – tinha pequenas asas em seus pés para torná-lo mais veloz em transmitir as mensagens entre deuses e deuses, deuses e homens e as interpretava.
Logo, Hermenêutica é uma ciência e uma arte. Ciência, por envolver uma metodologia (métodos científicos de analise textual), e Arte, por ser uma metodologia que não pode ser aplicada mecanicamente, envolvendo as habilidades humanas do gênio, da inteligência artística e da criatividade.


Necessidade da hermenêutica

Jesus, depois de três anos e meio de ministério, teve a necessidade de explicar as Escrituras aos discípulos. No texto acima, o verbo “expunha-lhes”, vem do grego hermenu,“fazer hermenêutica através”, ou seja, Jesus procurou interpretar as Escrituras, e fez isso percorrendo vários livros da Bíblia.

Outro motivo que salienta a necessidade de saber interpretar a Bíblia é a existência de passagens difíceis que facilmente podem ser distorcidas. Até o apóstolo Pedro, com todos os seus predicados, teve dificuldade de hermenêutica em algum momento.

A necessidade da hermenêutica existe também devido aos fatores inerentes ao próprio texto bíblico. Vejamos alguns exemplos:


1) Antiguidade do texto bíblico. Os 66 livros que compõem a Bíblia foram escritos entre 1500 a.C. a 100 d.C. Este período está muito longe da nossa realidade atual. Os costumes e práticas são muito diferentes das atuais. Exemplo: Mães de aluguel - Sara (Gênesis 16:12), Raquel (Gênesis 30:1-13). Há documentos que revelam que as leis da antiga Mesopotâmia permitiam isto, com suas restrições, claro. Isto é a expressão de um costume da época. Outro exemplo: Altos de sacrifício (Levítico 26:30, Números 22:41). Estes altos não estavam em cima de montanhas, mas uma plataforma mais alta que o terreno local, e poderia ser até mesmo num vale.
2Expressões da época: Chuva temporã e Serôdia (Deuteronômio11:14). Eram chuvas que caiam para se lançar a semente e para amadurecer o grão já na época da colheita. Estas chuvas são usadas como simbolismos da obra do Espírito Santo no dia de Pentecostes e nos dias finais da história humana (Joel 2:28-30; Atos 2:16).
3) Barreira da Língua. Nossa língua portuguesa está muito distante das línguas bíblicas. O Antigo Testamento foi escrito em hebraico e aramaico, e o Novo Testamento escrito em grego. Estas são línguas bem diferentes e antigas, o que torna ainda mais desafiador a tarefa de interpretação a Bíblia.


Princípios Fundamentais de Interpretação

O que pensamos sobre a Bíblia é determinante sobre como interpretaremos a mesma. Por isso, vejamos alguns princípios fundamentais de interpretação.

Totalidade das Escrituras

Um princípio de interpretação da Bíblia é crer na totalidade de sua inspiração. Não podemos dizer que este livro é inspirado por Deus e aquele não. Toda ela, tanto o Antigo quanto o Novo Testamento, é a revelação de Deus ao homem.


Autoridade da Bíblia

Sendo a Palavra inspirada de Deus, a Bíblia possui autoridade nas áreas da fé e vida, que decorre da autoridade divina, de Deus como Criador e Senhor e Autor das Escrituras.

A Bíblia como sua própria intérprete


Os reformadores protestantes, em sua interpretação da Bíblia, usavam a Analogia Fidei (Analogia da Fé), ou seja: a Bíblia como um todo deve ser tomada em consideração; todas as passagens que tratam do mesmo assunto devem ser consideradas; as passagens difíceis devem ser entendidas à luz das passagens claras.

Outro princípio defendido pela reforma foi o Sola Scriptura (Só a Escritura). Este princípio ensina que somente a Bíblia é a autoridade em termos de credo e doutrina. Não existe outra fonte superior de verdade.

O protestantismo, com o passar do tempo, adotou também o princípio Tota Scriptura (Toda a Escritura), ou seja, toda a Bíblia deve ser considerada como verdade. Jesus usava este método em sua interpretação da Bíblia (Lucas 24:27, 44, 45).

Dicas para o estudo da Bíblia

1) Antes de começar o estudo da Bíblia reserve duas coisas muito importantes: tempo e lugar. Reserve uma hora especial do seu dia. O ideal é que seja a primeira hora, antes de começar suas atividades normais. Procure também um lugar silencioso onde você tenha condições de assimilar a Palavra de Deus.
2) Antes de ler, faça uma oração, pedindo a iluminação do Espírito Santo sobre aquilo que irá ler. Ore para que Ele seja o Seu instrutor e que lhe dê perseverança na leitura. Lembre-se sempre que a Bíblia é o único livro cujo Autor está sempre presente, quando se o lê.
3) Não leia com pressa, mas faça-o com atenção. O objetivo não é apenas terminar a leitura programada, mas entender aquilo que está escrito. Se não entender, releia o texto escolhido.
4) Use um caderno para registrar idéias, reflexões e comentários pessoais, ou algo para sublinhar na própria Bíblia.
5) Procure entender o contexto daquilo que está lendo. Para ajudar no entendimento da Bíblia procure respostas para questões simples, tais como: Quem está falando? A quem? Por quê? Quando e onde tudo isto ocorreu? E, finalmente, esse texto pode ser aplicado à minha vida?
6) Observe que tipo de texto você está estudando. É uma história? É uma parábola? É uma poesia? Se o texto estiver falando de uma doutrina específica, como por exemplo, a segunda vinda de Jesus, procure estudar outros textos que falem a respeito dessa mesma doutrina.
7) Busque esclarecer os textos difíceis pelos paralelos mais fáceis. Por exemplo, compare o que Mateus escreveu com os outros evangelhos. Isso facilita a compreensão do todo.
8) Existem várias ferramentas que podem auxiliar na leitura, entre eles, um dicionário bíblico e uma concordância bíblica. O primeiro auxiliará na compreensão de certas palavras desconhecidas e seus significados. A concordância trará alfabeticamente, por assuntos, todos os versos bíblicos que contenham uma determinada palavra.
9) Adote um método sistemático de leitura (Lucas 24:27; Isaías 28:10). Isso pode ser feito de algumas formas:
            - Ano Bíblico - Consiste em ler toda a Bíblia durante o ano, seguindo a regra de ler três capítulos durante o dia e cinco nos finais de semana.
            - Estudo dos livros - Escolha algum livro da Bíblia e procure estudá-lo a fundo; descubra o seu autor, a quem foi dirigido, as circunstâncias sob as quais foi escrito, seu propósito e os seus ensinos principais.
            - Método biográfico - Escolha personagens bíblicos de seu interesse e estude as passagens bíblicas relacionadas. Procure aplicar as lições espirituais para a sua vida.
            - Estudo de temas - Consiste em escolher e seguir um tema através das Escrituras, como por exemplos: Batismo, Segunda Vinda de Cristo, Graça, Santuário, Morte etc.
            - Memorização - Procure decorar alguns versículos ou capítulos importantes. O cristão deve possuir, bem ordenadas em sua memória, passagens que trarão conforto, esperança e lhe serão uteis nos momentos de provação.
Bem, amados, vou fica por aqui, por hoje é só, espero vos encontrar todos nas próximas publicações, até mais, shallom e namaste, eu vos bendigo em nome de Cristo Jesus, e lembre-se sempre, este é o nosso Cantinho de Meditações que chamamos de “Momentos de Introspecções”, que é o meu, o seu, o nosso Cantinho de Reflexão, até mais.  



Atenciosamente
Pb. Marcos Santos 




Escola Bíblica Dominical – A História
A minúscula semente de mostarda que se transformou numa grande árvore
A história da Escola Dominical
Por Ruth Doris Lemos:
Sentado a sua mesa de trabalho num domingo em outubro de 1780 o dedicado jornalista Robert Raikes procurava concentrar-se sobre o editorial que escrevia para o jornal de Gloucester, de propriedade de seu pai. Foi difícil para ele fixar a sua atenção sobre o que estava escrevendo pois os gritos e palavrões das crianças que brincavam na rua, debaixo da sua janela, interrompiam constantemente os seus pensamentos. Quando as brigas tornaram-se acaloradas e as ameaças agressivas, Raikes julgou ser necessário ir à janela e protestar do comportamento das crianças. Todos se acalmaram por poucos minutos, mas logo voltaram às suas brigas e gritos.

Robert Raikes contemplou o quadro em sua frente; enquanto escrevia mais um editorial pedindo reforma no sistema carcerário. Ele conclamava as autoridades sobre a necessidade de recuperar os encarcerados, reabilitando-os através de estudo, cursos, aulas e algo útil enquanto cumpriam suas penas, para que ao saírem da prisão pudessem achar empregos honestos e tornarem-se cidadãos de valor na comunidade. Levantando seus olhos por um momento, começou a pensar sobre o destino das crianças de rua; pequeninos sendo criados sem qualquer estudo que pudesse lhes dar um futuro diferente daquele dos seus pais. Se continuassem dessa maneira, muitos certamente entrariam no caminho do vício, da violência e do crime.

A cidade de Gloucester, no Centro-Oeste da Inglaterra, era um pólo industrial com grandes fábricas de 
têxteis. Raikes sabia que as crianças trabalhavam nas fábricas ao lado dos seus pais, de sol a sol, seis dias por semana. Enquanto os pais descansavam no domingo, do trabalho árduo da semana, as crianças ficavam abandonadas nas ruas buscando seus próprios interesses. Tomavam conta das ruas e praças, brincando, brigando, perturbando o silêncio do sagrado domingo com seu barulho. Naquele tempo não havia escolas públicas na Inglaterra, apenas escolas particulares, privilégio das classes mais abastadas que podiam pagar os custos altos. Assim, as crianças pobres ficaram sem estudar; trabalhando todos os dias nas fábricas, menos aos domingos.

Raikes sentiu-se atribulado no seu espírito ao ver tantas crianças desafortunadas crescendo desta maneira; sem dúvida, ao atingir a maioridade, muitas delas cairiam no mundo do crime. O que ele poderia fazer?

Por um futuro melhor

Sentado a sua mesa, e meditando sobre esta situação, um plano nasceu na sua mente. Ele resolveu fazer algo para as crianças pobres, que pudesse mudar seu viver, e garantir-lhes um futuro melhor! Pondo ao lado seu editorial sobre reformas nas prisões, ele começou a escrever sobre as crianças pobres que trabalhavam nas fábricas, sem oportunidade para estudar e se preparar para uma vida melhor. Quanto mais ele escrevia, mais sentia-se empolgado com seu plano de ajudar as crianças. Ele resolveu neste primeiro editorial somente chamar atenção à condição deplorável dos pequeninos, e no próximo ele apresentaria uma solução que estava tomando forma na sua mente.

Quando leram seu editorial, houve alguns que sentiram pena das crianças, outros que acharam que o jornal deveria se preocupar com assuntos mais importantes do que crianças, sobretudo, filhos dos operários pobres! Mas Robert Raikes tinha um sonho e este estava enchendo seu coração e seus pensamentos cada vez mais! No editorial seguinte, expôs seu plano de começar aulas de alfabetização, linguagem, gramática, matemática, e religião para as crianças, durante algumas horas de domingo. Fez um apelo, através do jornal, para mulheres com preparo intelectual e dispostas a      ajudar-lhes neste projeto, dando aulas nos seus lares. Dias depois um sacerdote anglicano indicou professoras da sua paróquia para o trabalho.

O entusiasmo das crianças era comovente e contagiante. Algumas não aceitaram trocar a sua liberdade de domingo, por ficar sentadas na sala de aula, mas eventualmente todos estavam aprendendo a ler, escrever e fazer as somas de aritmética. As histórias e lições bíblicas eram os momentos mais esperados e gostosos de todo o currículo. Em pouco tempo, as crianças aprenderam não     somente da Bíblia, mas lições de moral, ética, e educação religiosa.                          Era uma verdadeira educação cristã.

Robert Raikes, este grande homem de visão humanitária, não somente fazia campanhas através de seu jornal para angariar doações de material escolar, mas também agasalhos, roupas, sapatos para as crianças pobres, bem como mantimentos para preparar-lhes um bom almoço aos domingos. Ele foi visto freqüentemente acompanhado de seu fiel servo, andando sob a neve, com sua lanterna nas noites frias de inverno. Raikes fazia isto nos redutos mais pobres da cidade para levar agasalho e alimento para crianças de rua que morreriam de frio se ninguém cuidasse delas; conduzindo-as para sua casa, até encontrar um lar para elas.

As crianças se reuniam nas praças, ruas e em casas particulares. Robert Raikes pagava um pequeno salário às professoras que necessitavam, outras pagavam suas despesas do seu próprio bolso. Havia, também, algumas pessoas altruistas da cidade, que contribuíam para este nobre esforço.

Movimento mundial 

No começo Raikes encontrou resistência ao seu trabalho, entre aqueles que ele menos esperava - os líderes das igrejas. Achavam que ele estava profanando o domingo sagrado e profanando as suas igrejas com as crianças ainda não comportadas. Havia nestas alturas algumas igrejas que estavam abrindo as suas portas para classes bíblicas dominicais, vendo o efeito salutar que estas tinham sobre as crianças e jovens da cidade. Grandes homens da igreja, tais como João Wesley, o fundador do metodismo, logo ingressaram entusiasticamente na obra de Raikes, julgando-a ser um dos trabalhos mais eficientes para o ensino da Bíblia.

As classes bíblicas começaram a se propagar rapidamente por cidades vizinhas e, finalmente, para todo o país. Quatro anos após a fundação, a Escola Dominical já tinha mais de 250 mil alunos, e quando Robert Raikes faleceu em 1811, já havia na Escola Dominical 400 mil alunos matriculados.

A primeira Associação da Escola Dominical foi fundada na Inglaterra em 1785, e no mesmo ano, a União das Escolas Dominicais foi fundada nos Estados Unidos. Embora o trabalho tivesse começado em 1780, a organização da Escola Dominical em caráter permanente, data de 1782. No dia 3 de novembro de 1783 é celebrada a data de fundação da Escola Dominical. Entre as igrejas protestantes, a Metodista se destaca como a pioneira da obra de educação religiosa. Em grande parte, esta visão se deve ao seu dinâmico fundador João Wesley, que viu o potencial espiritual da Escola Dominical e logo a incorporou ao grande movimento sob sua liderança.

A Escola Bíblica Dominical surgiu no Brasil em 1855, em Petrópolis (RJ). O jovem casal de missionários escoceses, Robert e Sarah Kalley, chegou ao Brasil naquele ano e logo instalou uma escola para ensinar a Bíblia para as crianças e jovens daquela região. A primeira aula foi realizada no domingo, 19 de agosto de 1855. Somente cinco participaram, mas Sarah, contente com “pequenos começos”, contou a história de Jonas, mais com gestos,do que palavras, porque estava só começando a aprender o português. Ela viu tantas crianças pelas ruas que seu coração almejava ganhá-las para Jesus. A semente do Evangelho foi plantada em solo fértil.

Com o passar do tempo, aumentou tanto o número de pessoas estudando a Bíblia, que o missionário Kalley iniciou aulas para jovens e adultos. Vendo o crescimento, os Kalleys resolveram mudar para o Rio de Janeiro, para dar uma continuidade melhor ao trabalho e aumentar o alcance do mesmo. Este humilde começo de aulas bíblicas dominicais deu início à Igreja Evangélica Congregacional no Brasil.

No mundo há muitas coisas que pessoas sinceras e humanitárias fazem sem pensar ou imaginar a extensão de influência que seus atos podem ter. Certamente, Robert Raikes nunca imaginou que as simples aulas que ele começou entre crianças pobres e analfabetas da sua cidade, no interior da Inglaterra, iriam crescer para ser um grande movimento mundial. Hoje, a Escola Dominical conta com mais de 60 milhões de alunos matriculados, em mais de 500 mil igrejas protestantes no mundo. É a minúscula semente de mostarda plantada e regada, que cresceu para ser uma grande árvore cujos galhos estendem-se ao redor do globo.

Ruth Dorris Lemos é missionária norte-americana em atividade no Brasil, jornalista, professora de Teologia e uma das fundadoras do Instituto Bíblico da Assembleia de Deus (IBAD), em Pindamonhangaba (SP)

A CPAD e a Escola Dominical
A CPAD tem uma trajetória marcante na Escola Dominical das igrejas brasileiras. As primeiras revistas começaram a ser publicadas em forma de suplemento do primeiro periódico das Assembleias de Deus – jornal Boa Semente, que circulou em Belém, Pará, no início da década de 20. O suplemento era denominado Estudos Dominicais, escritos pelo missionário Samuel Nystrom, pastor sueco de vasta cultura bíblica e secular, e com lições da Escola Dominical em forma de esboços, para três meses. Em 1930, na primeira convenção geral das Assembleias de Deus realizada em Natal (RN) deu-se a fusão do jornal Boa Semente com um outro similar que era publicado pela igreja do Rio de Janeiro, O Som Alegre, originando o MENSAGEIRO DA PAZ. Nessa ocasião (1930) foi lançada no Rio de Janeiro a revista Lições Bíblicas para as Escolas Dominicais. Seu primeiro comentador e editor foi o missionário Samuel Nystrom e depois o missionário Nils Kastberg.

Nos seus primeiros tempos a revista Lições Bíblicas era trimestral e depois passou a ser semestral. As razões disso não eram apenas os parcos recursos financeiros, mas principalmente a morosidade e a escassez de transporte de cargas, que naquele tempo era todo marítimo e somente costeiro; ao longo do litoral. A revista levava muito tempo para alcançar os pontos distantes do país. Com a melhora dos transportes a revista passou a ser trimestral.

Na década de 50 o avanço da CPAD foi considerável. A revista Lições Bíblicas passou a ter como comentadores homens de Deus como Eurico Bergstén, N. Lawrence Olson, João de Oliveira, José Menezes e Orlando Boyer. Seus ensinos seguros e conservadores, extraídos da Bíblia, forjaram toda uma geração de novos crentes. Disso resultou também uma grande colheita de obreiros para a seara do Mestre.

As primeiras revistas para as crianças só vieram a surgir na década de 40, na gestão do jornalista e escritor Emílio Conde, como editor e redator da CPAD. A revista, escrita pelas professoras Nair Soares e Cacilda de Brito, era o primeiro esforço da CPAD para melhor alcançar a população infantil das nossas igrejas. Tempos depois, o grande entusiasta e promotor da Escola Dominical entre nós, pastor José Pimentel de Carvalho, criou e lançou pela CPAD uma nova revista infantil, a Minha Revistinha , que por falta de apoio, de recursos, de pessoal, e de máquinas apropriadas, teve vida efêmera.

Usava-se o texto bíblico e o comentário das Lições Bíblicas (jovens e adultos) para todas as idades. Muitos pastores, professores e alunos da Escola Dominical reclamavam das dificuldades insuperáveis de ensinar assuntos sumamente difíceis, impróprios e até inconvenientes para os pequeninos.

Escola Bíblica no Rio de Janeiro, em abril de 1946



Na década de 70 acentuava-se mais e mais a necessidade de novas revistas para a Escola Dominical, graduadas conforme as diversas faixas de idade de seus alunos. Isto acontecia, principalmente, à medida que o CAPED (Curso de Aperfeiçoamento de Professores da Escola Dominical), lançado pela CPAD em 1974, percorria o Brasil.
Foi assim que, também em 1974, com a criação do Departamento de Escola Dominical (atual Setor de Educação Cristã), começa-se a planejar e elaborar os diversos currículos bíblicos para todas as faixas etárias, bem como suas respectivas revistas para aluno e professor, e também os recursos visuais para as idades mais baixas.
O plano delineado em 1974 e lançado na gestão do pastor Antônio Gilberto, no Departamento de Escola Dominical, foi reformulado e relançado em 1994 na gestão do irmão Ronaldo Rodrigues, Diretor Executivo da CPAD, de fato, só foi consumado em 1994, depois que todo o currículo sofreu redirecionamento tendo sido criadas novas revistas como as da faixa dos 15 a 17 anos e as do Discipulado para novos convertidos, desenhados novos visuais, aumentado a quantidade de páginas das revistas de alunos e mestres e criado novo padrão gráfico-visual de capas e embalagem dos visuais.

Após duas edições das revistas e currículos (1994 a 1996 e 1997 a 1999), a CPAD apresentou em 2000, uma nova edição com grandes novidades nas áreas pedagógicas, gráficas e visuais.
Em 2007, mais uma vez a CPAD sai na frente com a publicação do novo currículo (vigente) — fundamentado nas atuais concepções e pressupostos da Didática, Pedagogia e Psicologia Educacional.